Não há caos absolutamente nenhum. Na Justiça está tudo normal. Tirando o facto de o sistema estar paralisado, o curso dos processos suspenso, a confiança dos cidadãos na justiça contaminada e os juízes falarem de uma situação “gravíssima” e “preocupante”, tirando isso, está tudo bem.
Na Educação também não há caos absolutamente nenhum. Tirando o facto de o concurso ter sido anulado, de haver milhares de professores sem colocação, de haver turmas sem professores há semanas, de o ministério se descartar atirando responsabilidades para cima das escolas, tirando isso, está tudo bem.
Já tudo não se resolveu com pedidos de desculpas?
Por que motivo se hão de os portugueses maçar com pequenos “percalços”? Já tudo não se resolveu com pedidos de desculpas? Não chegaram esses gestos de “humildade”, tão elogiados pelos politólogos da praça, para sossegar a preocupação de toda a justiça e de grande parte do sistema educativo?
O inquilino de Belém há-de confirmar – “por informações do governo”, claro – o regular funcionamento das instituições. Da mesma forma que se confirmou a segurança, estabilidade e solidez do BES. Não há caos, está tudo bem. Calma. São só percalços.