“Simply because we were licked a hundred years before we started is no reason for us not to try to win.” [Simplesmente porque fomos derrotados cem anos antes de começar não é motivo para não tentar vencer.]A citação é óbvia. Atticus Finch é a razão pela qual muitos americanos proclamam a opção pela advocacia. Compreensivelmente, diria. Os crimes raciais são mais do que muitos e há uma altura que a impotência perante os vários sistemas inflige a necessidade de agir dentro desses sistemas. O assunto da semana levou-me a pensar cuidadosamente se deveria escrever algumas palavras sobre ele. Naturalmente, sobre a decisão, nada direi, aguardando cuidadosamente o rumo que tomará em tribunal. Em todo o caso, sendo esta a minha casa, não posso deixar de escrever algumas coisas que desde o início do processo me incomodaram e só agora emergiram.
Autor: Lúcia Gomes
Seja abençoada a violência policial e louvados os agressores
Para mim seria líquido que ver uma pessoa a ser asfixiada até à inconsciência mereceria o repúdio generalizado de toda a gente. Essa mesma gente que – isto a propósito da data – é maioritariamente crente em valores de bondade e amor ao próximo que professa a religião católica.
É “só” mais um caso da violência policial que não existe
É uma repartição pública, no Montijo.
Um cidadão dirige-se à repartição e uma pessoa que diz ser agente à paisana – sem comprovar se o é e o que está ali a fazer – diz que a pessoa não pode filmar. É verdade, não pode filmar. E no vídeo ele diz que vai parar de filmar e desligar o telefone.
Follow the money – o que ganha um Estado-Proxeneta?
Retomemos o assunto.
Porque é que um Estado quer regulamentar a prostituição?
Esta questão deve ser colocada em todos os países onde:
1 – A prostituição é encarada pelo Estado como profissão e por ele é regulada;
2 – A prostituição não é crime, apenas o lenocínio, e a sua regulamentação está em cima da mesa, como é o caso de Portugal.
“Follow the money” – a quem interessa a regulamentação da prostituição?
Alguns pontos prévios:
a) A procura de mulheres, raparigas, homens e rapazes pela indústria da prostituição contribui decisivamente para o tráfico de seres humanos para fins de exploração sexual; a procura de mão-de-obra barata e a incapacidade de respeitar os direitos laborais contribuem para o tráfico de seres humanos para fins de exploração laboral (1);
Violência policial na Cova da Moura: não esquecemos nem perdoamos
«A primeira coisa que me vem à cabeça é a negação da humanidade aos africanos. Para aqueles agentes fardados nós não éramos pessoas.»
5 de Fevereiro de 2015, jovens são brutalmente torturados numa esquadra em Alfragide.
O João Miguel Tavares devia receber o salário mínimo
Devia haver um dispositivo de choque nos dedos de cada vez que se escrevem mentiras nos jornais. Mas pior do que mentira é a ignorância abissal que grassa nos textos de João Miguel Tavares. Aliás, mais do que ignorância, burrice. Em primeiro lugar porque não sabe o que é valor líquido e valor bruto. Em segundo lugar porque percebe zero de salários. Em terceiro lugar porque nunca deve ter visto um recibo de vencimento na vida. Em quarto lugar porque a ignorância é mesmo muito, muito atrevida. E este senhor devia ter vergonha na cara por se atrever a escrever tantos disparates juntos.
A Alvorada das mulheres (parte II) #centenário19172017
Depois do primeiro texto, que pode ser lido aqui, continuo o breve e modesto contributo sobre a reflexão e luta das mulheres no quadro da revolução que abalou o mundo. O caminho e os seus construtores que levaram a uma das mais belas transformações na vida das mulheres no início do século XX.