Autor: Lúcia Gomes

Sem justiça não há paz

“Simply because we were licked a hundred years before we started is no reason for us not to try to win.” [Simplesmente porque fomos derrotados cem anos antes de começar não é motivo para não tentar vencer.]A citação é óbvia. Atticus Finch é a razão pela qual muitos americanos proclamam a opção pela advocacia. Compreensivelmente, diria. Os crimes raciais são mais do que muitos e há uma altura que a impotência perante os vários sistemas inflige a necessidade de agir dentro desses sistemas. O assunto da semana levou-me a pensar cuidadosamente se deveria escrever algumas palavras sobre ele. Naturalmente, sobre a decisão, nada direi, aguardando cuidadosamente o rumo que tomará em tribunal. Em todo o caso, sendo esta a minha casa, não posso deixar de escrever algumas coisas que desde o início do processo me incomodaram e só agora emergiram.

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Follow the money – o que ganha um Estado-Proxeneta?

Les Démoiselles d'Avignon, Picasso

Retomemos o assunto.

Porque é que um Estado quer regulamentar a prostituição?
Esta questão deve ser colocada em todos os países onde:

1 – A prostituição é encarada pelo Estado como profissão e por ele é regulada;
2 – A prostituição não é crime, apenas o lenocínio, e a sua regulamentação está em cima da mesa, como é o caso de Portugal.

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“Follow the money” – a quem interessa a regulamentação da prostituição?

Toulouse-Lautrec L`Inspection médicale

Alguns pontos prévios:

a) A procura de mulheres, raparigas, homens e rapazes pela indústria da prostituição contribui decisivamente para o tráfico de seres humanos para fins de exploração sexual; a procura de mão-de-obra barata e a incapacidade de respeitar os direitos laborais contribuem para o tráfico de seres humanos para fins de exploração laboral (1);

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O João Miguel Tavares devia receber o salário mínimo

Devia haver um dispositivo de choque nos dedos de cada vez que se escrevem mentiras nos jornais. Mas pior do que mentira é a ignorância abissal que grassa nos textos de João Miguel Tavares. Aliás, mais do que ignorância, burrice. Em primeiro lugar porque não sabe o que é valor líquido e valor bruto. Em segundo lugar porque percebe zero de salários. Em terceiro lugar porque nunca deve ter visto um recibo de vencimento na vida. Em quarto lugar porque a ignorância é mesmo muito, muito atrevida. E este senhor devia ter vergonha na cara por se atrever a escrever tantos disparates juntos.

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A Alvorada das mulheres (parte II) #centenário19172017

Depois do primeiro texto, que pode ser lido aqui, continuo o breve e modesto contributo sobre a reflexão e luta das mulheres no quadro da revolução que abalou o mundo. O caminho e os seus construtores que levaram a uma das mais belas transformações na vida das mulheres no início do século XX.

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