No passado sábado, ao discursar no encerramento da XI Assembleia da Organização Regional do Porto do PCP, Jerónimo de Sousa sublinhou que só fala em “viragem à esquerda” quem de facto tem “andado pela direita”. Pois bem, depois do encontro fraterno de hoje de Passos e Costa, só não se pode dizer que “caiu a máscara” a este PS, pela simples razão de que essa máscara nem sequer chegou a ser colocada.
Aquilo que para António Costa no congresso do PS era “necessidade de corte com estas políticas”, passou hoje a necessidade de “haver uma estratégia comum” com aqueles que executam “estas políticas”. De repente, a urgência da mudança passou a necessidade de manter tudo na mesma. Em nome de altos valores, certamente, em nome da protecção de “todos nós”, claro está, tudo com boas intenções, PS e PSD preparam-se para mais uma valente golpada “democrática”.
De repente, a urgência da mudança passou a necessidade de manter tudo na mesma.
No meio disto tudo destaca-se um nome. Faça-se-lhe justiça. Louve-se Francisco Assis. O único que disse aquilo que toda a elite costista sempre pensou e desejou mas que nunca quis assumir. No fundo, Assis só disse o que não podia ser dito, mas a verdade estava do lado dele. Este PS nunca desejou tanto uma aliança com o PSD. Este PSD, nunca precisou tanto deste PS para acabar a tragédia que começou.
Já se perdeu foi a vergonha toda.