Autor: Miguel Tiago

Chamem-me quando for para falar de política

Eu quero partidos próximos dos cidadãos, presentes em todo o território, por isso aceito a isenção de IMI para permitir essa presença.

Eu quero partidos financiados pelos seus próprios militantes e simpatizantes e não pelo Estado, por isso aceito que não haja um limite para os fundos não estatais que um partido pode receber.

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No 104º aniversário do nascimento de Álvaro Cunhal

Cumprem-se os 104 anos do nascimento de Álvaro Cunhal.

Não há homenagens justas que não passem por dar o que temos todos os dias para a construção do socialismo e para a superação revolucionária do capitalismo. Esse compromisso que cada um de nós assume individualmente e cumpre também colectivamente é a forma mais digna de honrar todos quantos deram a sua vida pela luta dos povos, pela emancipação dos trabalhadores e pelo comunismo. Contudo, hoje a minha luta passa por escrever estas palavras que, não sendo de homenagem, são de assinalamento de uma data e de valorização de um contributo teórico e prático que tendo sido determinante em várias fases da vida do Partido Comunista Português e do próprio Povo Português, é hoje ainda muito importante.

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Das três condições à solução política actual

Há quem diga que a “geringonça” – como lhe chama quem diz isso – teve a sua sementinha aqui, ainda em Setembro, quando Catarina Martins, pelo BE, dá uma primeira indicação sobre o diálogo com o PS, no estilo tradicional do BE de não hostilizar o PS e de dar até de barato que o PS será força maioritária.

Depois há quem diga que a solução política que actualmente observamos em Portugal e na Assembleia da República nasce aqui, quando Jerónimo de Sousa afirma que PCP e PEV rejeitarão o programa de Governo apresentado por PSD/CDS na Assembleia da República e avança que “PS só não formará Governo se não quiser”, em resposta a perguntas de jornalistas.

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Os filhos do Condor

Quantos urubus sobrevoam hoje a República Bolivariana da Venezuela?

Enquanto que o processo bolivariano levou educação, cultura, alimentação, trabalho, habitação a milhões de venezuelanos, a grande burguesia nacional viu ameaçados os seus privilégios como nunca antes. Estava habituada a conviver lado-a-lado com os maiores barrios do mundo (favela), mas sempre protegida pelos seus para-militares e sempre dominando os sistemas de produção e distribuição. A opulência nunca foi ameaçada durante todos os anos em que a aliança entre a grande burguesia venezuelana governava o território venezuelano como capataz dos grandes grupos económicos e da administração norte-americana.

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As chamas nunca foram de esquerda.

A tendência terrorista da direita faz parte do seu código genético. Só alguém distraído pode pensar que a mesma burguesia que está disponível para usar o fascismo como método do estado a fim de salvaguardar os seus privilégios teria algum prurido em usar o ataque cobarde como instrumento de disputa política.

Desde há muito que as chamas são instrumento da direita acossada e não precisamos regressar ao Reichstag incendiado pelas mãos de Göering e Hitler, pois temos ainda marcas recentes de 1975 em Portugal e muitos se lembram de quantas labaredas se espalharam pelos centros de trabalho do Partido Comunista Português e até pela floresta portuguesa sopradas por um destacamento terrorista dos sectores reaccionários.

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Podes tirar o Daniel Oliveira do BE mas não tiras o BE do Daniel Oliveira

Daniel Oliveira, fazedor de opinião de encomenda do Expresso e talvez de mais uns quantos órgãos da doutrina dominante, certamente por reconhecimento de um brilhantismo fabricado precisamente por quem lhe paga e não menos certamente aceite pelo próprio como verdadeiro, usa uma vez mais as colunas que produz no jornal de Balsemão para a campanha eleitoral, a coberto de opinião.

Desta feita, DO começa logo por dizer que as sondagens não indicam nada mais que tendências, mas segue um texto bastante robusto e programático para algo que se baseia apenas em tendências. Depois, partindo dessa desvalorização aparente da sondagem, DO segue uma construção política definida pelo BE como orientação nacional: isolar a CDU e definir um programa conjunto entre BE e PS.

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