“Não quero medalhas, quero que os cidadãos deste país protestem livremente e de forma digna”

Nacional

O Chalana é já um ilustre desconhecido. Daqueles que mudam o mundo todos os dias. O Chalana não se verga. Há pouco tempo, o Público fez uma reportagem com base no trabalho de Chalana como assistente social. Um dos esquecidos, esperava por uma operação. Entretanto, poucos dias depois da publicação da reportagem, morreu. Chalana volta aos mesmos bairros, todos os dias. E vê o país como ele é.

José António Pinto deixou esta tarde na Assembleia da República a medalha de ouro comemorativa do 50º aniversário da declaração Universal dos Direitos Humanos, que lhe tinha sido entregue como reconhecimento pelo seu trabalho no Porto. O assistente social da Junta de Freguesia de Campanhã afirmou que trocava a medalha por outro modelo de desenvolvimento económico.

A sala irrompeu em palmas e ainda ouviu José António Pinto instar os governantes a estancarem “imediatamente este processo de retrocesso civilizacional que ilumina palácios, mas ao mesmo tempo deixa pessoas a dormir na rua”.

“Não quero medalhas, quero que os cidadãos deste país protestem livremente e de forma digna dentro desta casa e quando reivindicam os seus direitos por uma vida melhor não sejam expulsos pela polícia destas galerias”, acrescentou.