Palestina vencerá!

Internacional

Pela sombra do eclodir de vários cenários de conflito e tensão da geopolítica mundial, Israel prossegue o genocídio do povo palestino perante uma assombrosa indiferença da comunidade internacional. Os últimos dias foram marcados pelo recorrente bombardeamento de Gaza por parte da força aérea israelita, que provocaram dezenas de mortos, crianças incluídas, e muitos mais feridos. Aos olhos da nova ordem mundial, fascista e fascizante, que se esquece que para existir uma ordem mundial é condição inerente que haja também um planeta, bombas que caiam em solo europeu são más e cruéis, as que caiam longe do seu conceito racial e ideológico, são democracia e progresso.

Desde 1948 que a Palestina sofre uma ocupação ilegal da sua pátria e terra, determinada por decreto, que escalou de forma rápida e ininterrupta para o alargamento dessa ocupação e promovendo um genocídio de um povo amordaçado, sequestrado e marginalizado. Com a complacência e não raras vezes com o declarado apoio do mundo ocidental e das suas distintas instituições, Israel prossegue impune a sua orientação de um estado sionista, de precedentes colonialistas e racistas, onde os mais recentes episódios de violência israelita configuram a intenção última de expulsar ou exterminar todo o povo palestino, através de uma inenarrável limpeza étnica. A soldo dos blocos políticos capitalistas e dos senhores do dinheiro, os média alinham no seu discurso a terminologia de condicionamento da opinião pública, centralizando no seu conteúdo noticioso e informativo palavras como “conflito”, “tensão” e “guerra”, fazendo substituir a realidade por uma alternativa conveniente e equilibradora de forças, mas sobretudo justificadora aos olhos de uma sociedade entorpecida e alheada do mundo que a rodeia. A verdade é revolucionária e só um entendimento clarificado sobre a questão palestina bem como o assumir cabal que decorre uma ocupação e subjugação de um povo por parte de um estado militarista, colonialista e racista, pode transformar o posicionamento internacional sobre a situação, sobretudo através da consciencialização das massas trabalhadoras.

A solidariedade internacional e internacionalista será tão determinante no futuro da Palestina como a própria resistência heróica e resiliência do seu povo, de que não deverá abdicar a bem do seu legado e existência e na luta pela sua autodeterminação. Sabemos bem que autodeterminação dos povos não é conceito que caiba na esfera democrática do mundo ocidental, mas isso não o torna menos legítimo e menos necessário para a construção da dignidade dos povos e das suas futuras gerações e o desenvolvimento da estabilidade e da paz mundial.

No que depender dos governos burgueses e das suas organizações militaristas e criminosas, que de acordo com o posicionamento que vêem tomar por parte de quem suporta a sua análise no rigor científico da verdade, ora os apelidam de perigosos pacifistas ou de radicais anti-semitas consoante o cenário de guerra que mais lhe convém à sua narrativa imperialista, a hegemonização do mundo em torno de uma superpotência suportada por nações lacaias e subalternas, a que se juntam os cães-de-fila das instituições políticas e económicas, é o cenário desejado para a manutenção de um sistema em declínio e que se agarra à sua própria sobrevivência aprofundando a exploração dos povos e promovendo novos contextos bélicos. Nesse tão famigerado objectivo a Palestina é um só mais pequeno obstáculo e a vida dos palestinos, homens, mulheres e crianças, é condição descartável ao interesse geoestratégico de cariz fascista e capitalista, e que pouca ou nenhuma consideração faz sobre a caracterização sionista e racista do militarismo israelita que promove este genocídio. Como noutros lugares desta terra não importa por quem se fazem rodear e pelo que estes representam, apenas e só que estes aliados contribuam à medida justa no que é pretendido alcançar, mas esquecem-se de que se um fascista se senta à mesa com quatro pessoas e ninguém se levanta, estão, então, à mesa cinco fascistas.

Haja esperança neste projecto de humanidade que somos e onde ambicionamos a paz e a solidariedade entre os povos, com a consciência de que a premissa “socialismo ou barbárie” configura o único futuro possível perante todos os outros de destruição inevitável que nos apresentam. É essa a importância de saltar de cima do muro e apoiar a causa palestina, sem restrições e de forma incondicional, bem como à luta do seu povo, porque nessa imensa vontade de haver terra e paz para todos, reside também a esperança última desta humanidade.

A Palestina vencerá!

2 Comments

  • Ilídio dos Santos Pinheiro Lacerda

    9 Agosto, 2022 às

    Se países terceiros e amigos dos Palestinos não derem apoio de vária ordem aos Palestinianos, estes jamais vencerão, o que se lamenta e se chora. O apoio a Israel de enormes potências militares, entre elas, a dos EUA e de muitos estados Europeus e Árabes, só será vencido se uma maior força apoiar os Palestinos. Não defendo uma guerra, defendo diplomacia, e que esta força que venha apoiar os Palestinos seja muito maior e mais forte e obrigue ao cumprimento das resoluções da ONU.
    Pelo saque, violência, sequestro, morte, tortura e roubo das suas terras por Israel, choro lágrimas de pólvora pelos Palestinos.

  • José Ribamar Lira De Oliveira

    9 Agosto, 2022 às

    Excelente texto que diz tudo sobre o massacre de Israel faz aos palestinos. Enquanto isso, o capital apenas olha o que acontece. Triste!

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