A Festa não se explica, vive-se!

Nacional

Como se explica algo que não existe em mais lado nenhum? Como se transmitem todos os sentimentos que se vivem em três dias, naquele que é o lugar com mais fraternidade, amor e solidariedade por metro quadrado deste nosso país?

Por razões das tarefas que desempenhei na Festa do Avante!, tive o privilégio de contactar e conversar com muitos dos visitantes da 38ª edição da Festa. Para além das perguntas normais que fazíamos, havia sempre uma que fazia o entrevistado pensar um pouco mais, a procurar palavras para responder à tão “complexa” pergunta: O que mais o/a surpreende na Festa?

De facto, não é uma resposta simples.

Muitos daqueles com quem falámos, era a primeira vez que vinham ao “Avante!”. Novos e velhos, com amigos ou em família, decidiram vir conhecer a Festa, porque alguém já lhes tinha dito como era, já tinham ouvido falar, mas finalmente, tinham decidido que este ano queriam ver com os próprios olhos.

É difícil descrever aqui, o misto de sensações de quem nunca imaginou existir algo assim, de quem entra pelas portas da festa e chora de alegria, de quem encontra amigos e camaradas que só vê nestes 3 dias, de quem faz milhares de quilómetros para vir à Festa, de quem pela primeira vez encontrou um espaço que nunca imaginou existir. Pode parecer que estou a pintar demasiado a situação, mas quem lá esteve percebe o que quero dizer.

Nas palavras dos que a construíram durante meses, daqueles que nela trabalham nos 3 dias, nos milhares de visitantes que a vivem, nos olhos de cada uma das pessoas com quem falámos, encontramos sentimentos impossíveis de descrever. Porque de facto, é difícil descrever algo que não tem comparação com mais nada. A Festa não se consegue explicar, vive-se!

Esta obra gigantesca dos comunistas e dos amigos do Partido que a ajudam a erguer, é a demonstração que o sonho colectivo de construir uma sociedade nova, liberta da exploração do homem pelo homem, é possível. Este espaço, de troca de afectos, de sonhos e vontades, de trabalho colectivo, de amor e fraternidade entre seres humanos, de solidariedade internacionalista, de projecto político, afirma-se como o mais belo exemplo dos valores que Abril implantou profundamente no nosso povo.

Neste lugar, nesta Quinta da Atalaia, terra de sonhos e liberdade, os comunistas projectam aquilo que querem para o país. E quando o povo tomar o seu destino nas mãos, há-de nascer um homem novo!.