Recalcado, o trauma está lá há quase um século, desde que os EUA substituíram o Velho Continente como difusor cultural hegemónico no mundo. As classes dominantes europeias, muito afeitas a grandezas de primeiros lugares, tiveram de se acocorar na posição adestrada de imperialista-adjunto. Mas não sem bile: «Eles têm o dinheiro, mas nós temos a talha dourada! Eles têm o poder, mas são nossos os passaportes dos inventores e artistas emigrados!».
É um rancor antigo e verdadeiro, malgrado rebuçado quando o patrão está a ver, mas que vem à tona, em toda a sua desfaçatez, quando se trata de fazer troça das supostas incultura e estupidez dos EUA.