Autor: Lúcia Gomes

A nossa construção

O pequeno almoço é às 8h00 e a jornada começa às 8h30, ok?

Respondi que sim e sorri. E ao sorrir apercebi-me de quanto tempo passou desde a primeira jornada. Quando peguei num nível a primeira vez durante uma tarde inteira, juntamente com três camaradas, tentámos colocar placas direitas num terreno muito inclinado.

Ler mais

Algumas notas sobre o PS e os velhotes

Face a mais esta proposta humanista de António Costa que afirma que “Está na altura de se alargar aos avós a possibilidade de trabalhar a tempo parcial” para poderem apoiar os filhos empregados,era bom ter umas notas sobre os assunto, designadamente a relação entre a situação dos pensionistas e as medidas do PS enquanto governo.

Em 2007, a Lei de Bases da Segurança Social foi novamente alterada. Uma alteração de fundo que passou a contemplar algumas regras que foram sempre a grande ambição da direita, abrindo caminho à privatização da Segurança Social. Lembro-me perfeitamente poucos dias depois da publicação da Lei de Bases (Lei n.º 4/2007), todos os bancos estavam cheios de cartazes com mensagens que diziam basicamente isto: «Poupe agora para a sua reforma, não sabe se a terá no futuro» e coisas assim. Sim, precisamente, os bancos.

Ler mais

Esta polícia que bate

Agora que passou na televisão, repetidamente, foi partilhado em todas as redes sociais e envolve crianças, talvez possamos falar de violência policial.

As imagens que ontem geraram indignação geral são, infelizmente, a repetição do comportamento policial em muitos bairros, em manifestações, em piquetes de greve e, ficámos a saber, em festejos de campeonato no Marquês.

Ler mais

Alguém devia explicar ao Vhils que a pintura mural não precisa de autorização

Já sei que não serei muito popular nesta minha opinião, mas quem anda aqui há muito tempo nestas coisas da pintura mural às vezes irrita-se.

É verdade. A pintura mural não é só o graffiti ou o tag. É, essencialmente, no panorama das paredes portuguesas, uma tomada de posição. Social, política, artística, o que quiserem. E nasce como tradição política. Ao povo era imposta a mudez, escrevia-se o pensamento nas paredes das cidades, vilas e aldeias.

Ler mais

Dizer mal dos ciganos não tem mal

Foi com total estupefacção que ao ler o jornal me confrontei com um Acórdão do Tribunal da Relação do Porto que condena um Advogado ao pagamento de 10000 euros de indemnização a uma juiz, «para realização de uma ampla e variada panóplia gama de interesses e pensando-se no custo material daqueles cujo desfrute poderá, em nossa perspectiva, adequadamente compensar a autora, proporcionando-lhe correspondente satisfação moral reparadora do dono sofrido».

Ler mais

Espreme a mama, se não der leite, não há direito?

Escrito que foi, ao correr da pena, na sequência dos comentários e algumas achegas que entretanto me chegaram, ficaram duas questões por abordar aqui.

Então, na continuação da prova por expressão da mama:
E se a mama não der leite? A trabalhadora deixa de ter direito ao período de duas horas diárias?

Ler mais

Espreme a mama, a ver se dá leite

Esta notícia tem gerado várias reacções de indignação. Nada que não aconteça diariamente, mas finalmente tem alguma visibilidade nos jornais.

As barbas desta prática (e aqui sem intenção sexista, as técnicas ou superiores hierárquicas que apertam as mamas às trabalhadoras são geralmente mulheres, quem manda são homens e mulheres) têm anos e são denunciadas há décadas (sim, décadas), particularmente no sector da grande distribuição. Isto é: nos hipermercados Continente. A primeira vez que ouvi falar disto foi através de uma denúncia da União de Sindicatos de Braga, em 2006, talvez, numa fábrica de baterias.

Ler mais