Autor: Manifesto74

Da Economia ao Crescimento

Estando o crescimento económico do país na boca dos eleitos para aparecer na TV, vomitado em números e estatísticas, bem escolhidas e bem apresentadas, fica oculto para quem e para quê esse crescimento.

Sob o comando de vários governos passados e do agora vigente, os vários modelos de desenvolvimento adoptados não servem a um país justo e desenvolvido, mas sim a uma elite que tem sido a fiel depositária da riqueza gerada pela força de trabalho e recursos nacionais.

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“É tempo de acabar com o fadinho da vítima”, por António Filipe

Afirmou ontem António Costa que nunca viu um Governo de direita ser derrubado pelos votos dos partidos à esquerda do PS, mas que já viu os partidos da esquerda aliar-se à direita para derrubar governos do PS. Pois bem: esta afirmação é factualmente errada e politicamente falsa. Senão, vamos aos factos.

Em Abril de 1987, o 1.º Governo de Cavaco Silva foi derrubado com os votos PS/PCP/PRD/PEV.

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A PSP, os lesados do BES e seus chutos e pontapés

Zapping matinal. Num dos canais de informação passavam imagens dos “lesados do BES” em manifestação em frente à sede do defunto banco, renascido como Novo Banco. Barulho, algumas pessoas, entrevistas semi-audíveis. Cinco minutos disto e continuação do zapping. De repente chego à CMTV, que continuava em directo do local. A temperatura subia, vertiginosamente. Manifestantes que tentavam entrar na sede do Novo Banco empurravam, insultavam e berravam aos ouvidos dos agentes do Corpo de Intervenção da PSP. Bastões à vista: zero. Resposta da PSP: pacífica, apenas mantendo a posição.

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A Tecnoformacia

Tecnicalidades à parte, eis que se sabe que o actual primeiro-ministro ocultou a sua participação em actividades empresariais que resultam em conflito de interesses tal como evitou deliberadamente descontos obrigatórios que lesam o Estado em vários milhares de euros.

É obvio para todos, senão desde o início pelo menos agora, que Passos Coelho participou activamente na mais vulgar forma de corrupção que mina a democracia no seu ponto nevrálgico! Não é actor único mas sim mais um dos que viajam à boleia de um sistema que formaliza e moraliza todos os dias a corrupção, uma teia completa onde desde a participação económica ao tráfico de influências tudo é permitido e até glorificado, afinal, “o Pedrinho abria todas as portas” como disse Fernando Madeira seu antigo patrão na Tecnoforma!

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Sem alternativa à economia de mercado? por Maurício Castro

Assim de contundente foi o líder da alternativa eleitoral ao bipartidarismo espanhol vigorante, em declaraçons recentes ao The Wall Street Journal. Num ataque de sinceridade que deveríamos agradecer, Pablo Iglesias afirmou que “nom há umha verdadeira alternativa à economia de mercado”.
Umha sentença que dá continuidade a um pensamento constante nas diversas correntes de pensamento defensoras do sistema em vigor. Talvez a mais conhecida e divulgada tenha sido nas últimas décadas a do filósofo japonês Francis Fukuyama, pensador da direita neoliberal, no seu best seller do fim dos anos 80: “O fim da história”. Eram os tempos da queda do chamado campo socialista no leste da Europa. Lembram?

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Ser docente/investigador no país da austeridade

1. Investigação e “excelência”

Era uma vez um jovem que gostava de história natural e de estudar fósseis. Passava a vida no campo ou num gabinete a comparar asas de aves ou “perninhas” e “antenas” de borboletas. Fascinado pela enorme diversidade do mundo biológico que o rodeava, este nerd mergulhava a fundo na sua paixão: o estudo da morfologia, comportamento e evolução das espécies. Se vivesse nos dias em que a “excelência” obedece sobretudo a critérios economicistas, este jovem nunca teria conseguido obter financiamento para embarcar no navio Beagle, cartografar a costa da América do Sul e andar pelo arquipélago das Galápagos. Este nerd é o Charles Darwin e jamais teria obtido financiamento para um projecto I&D (Investigação e Desenvolvimento) para estudar a morfologia dos tentilhões, as suas asas, os seus bicos.

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Não ceda um Metro

Na próxima 6a feira haverá nova greve dos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa. Nova batalha numa luta que dura há anos e, contrariamente ao que por vezes se proclama, tem tido sucesso, pois não fosse esta luta, o processo de subconcessão do Metro há muito teria avançado.
Uma luta árdua destes trabalhadores em defesa das suas condições de trabalho e pelo cumprimento do Acordo de Empresa, em defesa de um transporte público de qualidade e dos interesses dos seus utentes. Sim, em defesa dos seus utentes!

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Tempo de avançar, livre de representatividade

Talvez que 7.500 assinaturas seja um número demasiado elevado para constituir um partido político. Se as compararmos com as 35.000 necessárias para apresentar na Assembleia da República uma Iniciativa Legislativa de Cidadãos, o número é ainda mais estranho. Talvez que o certo fosse ao contrário. Talvez que o mesmo, mesmo, mesmo certo fosse tirar 30 mil à ILC e manter as 7.500 onde estão. Talvez.

Certo é que não me parece muito democrático, diria até que não é racional e lógico, que um conjunto vastíssimo de ideias e propostas programáticas possam ver a luz do dia em forma de partido com 7.500 assinaturas e uma proposta de lei cidadã sobre um tema específico a ser escrutinado na Assembleia da República necessite de 4,6666666 vezes mais assinaturas.

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