Todos os artigos: Nacional

Que Viva Abril!

Assinalado Abril, mais uma vez, observamos na sociedade portuguesa, em diversas estruturas, institucionais e não institucionais, académicas, sociais, culturais e largamente na comunicação social dominante, persistentes tentativas de reescrita da História, de branqueamento do fascismo, de falseamento ou ocultação de papéis e responsabilidades, e , até, tentativas de denegrir a própria Revolução.

É necessário relembrar o fascismo, proteger a memória da Revolução e transformar esta memória numa força presente.

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A IVG e os direitos da mulher – o muito que ainda há por fazer

Imagina que engravidas.
Imagina que decides fazer uma IVG.
Imagina que vais ao hospital fazer a consulta.
Primeiro, fazem-te uma ecografia, para aferir o tempo de gravidez.
Depois, marcam-te para uma semana depois, para a consulta com o/a médico/a.
Agora imagina:

Entras. Perguntam-te as habilitações académicas. Dão-te um papel. Não te explicam nada. Perguntas como é o procedimento.
«Está no papel que lhe dei».

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A revolta dos cartões

O BE quer mudar o nome do cartão do cidadão para não utilizar termos “sexistas” e levanta-se um vendaval nas redes sociais sobre a intenção do agrupamento político. Ora se levanta a questão da oportunidade, ora a da prioridade, ambas frágeis pois que oportunidade é conceito subjectivo quanto baste para permitir que tudo quanto se queira seja inoportuno em todos os momentos. E prioridade é desculpa para adiar tudo quanto não se queira efectivamente debater.

Para o capital nunca é oportuno defender o aumento dos salários, por exemplo. E sobre oportunidade, por exemplo, que se dirá sobre o projecto do PCP para a suficiência do formato digital na entrega de teses para obtenção de grau académico? É uma prioridade? Tendo em conta que esse mesmo partido defende a gratuitidade total do ensino, não seria prioritário propor o fim das propinas? Portanto, no que às prioridades toca, uma coisa não impede a outra. Tal como o facto de o BE defender a mudança do nome do CC não impede o BE de defender o fim da discriminação salarial da mulher.

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O meu dinheiro desapareceu: deve ter ido para a máquina de lavar

A discussão pública lançada em torno dos «Panama Papers» pode ter efeitos pedagógicos, mas apenas se o foco for colocado nas questões certas. Só isso pode aumentar a compreensão sobre o carácter imoral da globalização financeira. Só isso pode contribuir para pôr termo a processos em curso que visam aumentar a desregulamentação. Só isso pode elevar as consciências de que o capitalismo não se pode reformar, tem de ser metamorfoseado: destruído e transformado em algo novo.

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Se eu fosse a Joana Vasconcelos levava uma vergonha infinita

Se eu fosse a Joana Vasconcelos e fugisse da morte, não levava “todas as minhas jóias portuguesas” nem “os meus óclos de sol”. Não, se eu fosse a Joana Vasconcelos procurava antes ajudar esta gente a fazer as malas. Porque eles obviamente não sabem.

Dir-lhes-ia que se é para viajar assim, sem ler as críticas dos hotéis, sem “o meu caderno para poder fazer os desenhos”, sem dinheiro no cartão para gastar em Paris, mais valia ficar em casa.

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Poema Constituinte

Assinalando o 40º aniversário da Constituição da República Portuguesa, hoje publicamos a leitura de um poema escrito por E. M. de Melo e Castro, em 1979, por ocasião do 3.º aniversário da Constituição da República Portuguesa.

A Constituição defende-se e estabelece-se todos os dias.

* Autor Convidado
André Levy

Entrevista com o Inspector-Geral da ACT

Partilho aqui a entrevista feita ao Inspector-Geral da Autoridade para as Condições do Trabalho. Não por estar de acordo a 100% com tudo o que diz Pedro Pimenta Brás, mas pela forma exaustiva mas simples e correcta como analisa de forma directa os principais problemas vividos pelos trabalhadores e trabalhadoras do país. Precariedade, atrasos no pagamento dos salários, acidentes de trabalho, etc. Ah, e aponta alguns caminhos interessantes.

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No primeiro de Abril, a verdade e a mentira.

O PCP trai os seus princípios de sempre e quebra uma das suas mais importantes e conhecidas qualidades: a coerência. Ao contrário do que fez com outros movimentos e países, nomeadamente no que toca a manifestações espontâneas que surgem como “apartidárias” e promovidas por “jovens” sem intenções políticas além das de lutar pela democratização de regimes autoritários, o PC alinhou desta vez com a postura, a que até aqui vem qualificando como oportunista, típica do Bloco de Esquerda em Portugal.

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