Todos os artigos: Nacional

Alerta antifascista… e na primeira linha o partido comunista!

Os patrões condenam, os jornais escondem, os fascistas atacam. Um grupo de neonazis atacou, esta tarde, pelo menos três pessoas, entre as quais uma que saía do comício da CDU que encheu, esta tarde, o  Coliseu dos Recreios. Quantas páginas dedicará à versão das vítimas a próxima edição do Expresso?

Foi assim durante toda a tarde: a pretexto de uma manifestação contra a «islamização», capangas fascistas percorreram impunemente as ruas de Lisboa, provocando negros, comunistas e homossexuais.

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«Comemos com um resgate»? Quem?

Esta frase soaria de forma estranha na boca de qualquer primeiro-ministro, não fosse esse primeiro-ministro chamar-se Pedro Passos Coelho. Assim, a acrescentar ao insistente e reiterado uso do “dourar a pílula” e a outras tiradas no mínimo desajustadas, tratando-se do minguado Pedro Passos Coelho que nunca nos habituou a proferir grandes inteligências, antes pelo contrário, o inusitado “comemos com um resgate” foi só e apenas mais do mesmo. Mas eliminando a estética institucional da coisa, e que a direita por norma tanto preza e tanto critica nos outros, e passando à substância, que é o que realmente aqui nos importa, talvez seja bom usar a expressão do primeiro-ministro para reflectir sobre quem é que de facto “comeu com o resgate” e, sobretudo, quem é que “comeu dele”.

Uma coisa é certa: quem “comeu com ele”, no sentido de “sofrer com ele” não foi Pedro Passos Coelho, nem os seus amigos banqueiros

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A honra de um banqueiro não serve como garantia.

Exercício:

o Estado português pede 10 milhões emprestados aos bancos portugueses, com juros de 2%. Ao mesmo tempo, e para que a economia tenha financiamento num contexto em que o país não emite moeda, o Estado português assume-se como fiador dos bancos portugueses em mais 10 milhões. Os bancos portugueses conseguem assim, junto da banca alemã e francesa, obter 20 milhões de euros com juros abaixo dos 1%.

Desses, 10 milhões são para comprar dívida pública portuguesa e os restantes 10 milhões são para empréstimos a privados. Ora, desses 10 milhões, a banca empresta aos seus accionistas e empresas associadas cerca de 7. Esses accionistas e essas empresas consomem o capital e não pagam. Contudo, os juros cobrados pelos 10 emprestados ao Estado e às famílias e PME a quem emprestaram os 3 milhões restantes são suficientes para gerar um fluxo de liquidez que assegura o pagamento.

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Da Economia ao Crescimento

Estando o crescimento económico do país na boca dos eleitos para aparecer na TV, vomitado em números e estatísticas, bem escolhidas e bem apresentadas, fica oculto para quem e para quê esse crescimento.

Sob o comando de vários governos passados e do agora vigente, os vários modelos de desenvolvimento adoptados não servem a um país justo e desenvolvido, mas sim a uma elite que tem sido a fiel depositária da riqueza gerada pela força de trabalho e recursos nacionais.

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Portas, o macho latino

A Constituição Política de 1933 estabelece a igualdade dos cidadãos perante a lei, “salvas, quanto à mulher, as diferenças resultantes da sua natureza e do bem da família” (art.º 5º).

Em 1971, o artigo é revisto e as diferenças na igualdade da mulher passam a ser apenas as resultantes da «sua natureza». Natureza e família, factores biológicos e ideológicos, servem de fundamento para o reconhecimento de direitos e estabelecimento de uma estranha igualdade, bem como para a definição política do estatuto social e jurídico da mulher.

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“É tempo de acabar com o fadinho da vítima”, por António Filipe

Afirmou ontem António Costa que nunca viu um Governo de direita ser derrubado pelos votos dos partidos à esquerda do PS, mas que já viu os partidos da esquerda aliar-se à direita para derrubar governos do PS. Pois bem: esta afirmação é factualmente errada e politicamente falsa. Senão, vamos aos factos.

Em Abril de 1987, o 1.º Governo de Cavaco Silva foi derrubado com os votos PS/PCP/PRD/PEV.

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A maior festa das nossas vidas

Começa amanhã, quando ribombam os tambores. Na fila costumeira que antecipa a hora, a gente olha-se uns aos outros em absortos sorrisos de aqui termos chegado juntos e alguém pergunta: «A minha primeira festa, sabes onde foi?». E depois, fala-se da poeira do Jamor, dos pedregulhos do Monsanto, das ameaças na Ajuda.

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A nossa construção

O pequeno almoço é às 8h00 e a jornada começa às 8h30, ok?

Respondi que sim e sorri. E ao sorrir apercebi-me de quanto tempo passou desde a primeira jornada. Quando peguei num nível a primeira vez durante uma tarde inteira, juntamente com três camaradas, tentámos colocar placas direitas num terreno muito inclinado.

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