Comemoramos este mês de Abril os 150 anos do nascimento de Lénine. Concebemos, como forma de celebração, a promoção da leitura da sua obra. Há um conjunto de livros de Lénine que são de leitura imprescindível para qualquer revolucionário: «O que fazer?»; «Um Passo em Frente, Dois Passos Atrás»; «O Imperialismo, Fase Superior do Capitalismo»; «O Estado e a Revolução»; «A Revolução Proletária e o Renegado Kautsky»; «O Esquerdismo, Doença Infantil do Comunismo». Há ainda toda uma vasta obra, de publicista, composta de pequenos artigos e brochuras, que apenas pode ser encontrada nas duas edições em Português das Obras Escolhidas (em três e seis Tomos, ambas da Editorial Avante) ou nos mais de 40 tomos das suas Obras Completas. É desse universo que nos iremos tentar aproximar, apresentando trinta textos completos de Lénine, dois a cada dois dias, textos que pela sua dimensão convidam a uma leitura electrónica dos mesmos. Ler mais
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A Alvorada das mulheres (parte II) #centenário19172017
Depois do primeiro texto, que pode ser lido aqui, continuo o breve e modesto contributo sobre a reflexão e luta das mulheres no quadro da revolução que abalou o mundo. O caminho e os seus construtores que levaram a uma das mais belas transformações na vida das mulheres no início do século XX.
A alvorada das mulheres #centenário19172017
A Revolução bolchevique de 1917 e o transformador processo de construção socialista que se lhe seguiu afectou profundamente todo o século XX e contribuiu para, em todo o mundo, serem criados poderosos movimentos de libertação nacional e social – no seio do qual o movimento comunista internacional, a que Outubro deu origem, desempenhou um papel crucial e decisivo – que transformou a face do nosso planeta.
Fascismo americano: as raízes de uma nação sob deus*
Ao avesso do tradicional ramerrão eleitoral da direita portuguesa que, de quatro em quatro anos, prega um discurso tacticamente moderado nos mais empedernidos candidatos conservadores, a antecipação do escrutínio presidencial estado-unidense dá azo a uma invulgar competição de reaccionarismo entre os dirigentes do Partido Republicano.
Ao passo que para o PS, PSD ou mesmo CDS-PP, um acesso de frontalidade equivaleria a cometer harakiri político, nos EUA, os homens que se perfilam para a nomeação republicana assumem as mais virulentas declarações de guerra ao progresso como um trunfo mediático.
O implacável rugir do motor da História
Implacável. Ainda mal arrefeceu o corpo da União Soviética e já o edifício do capitalismo europeu mostra brechas em todas as paredes: o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, que insiste em empurrar a Grécia para fora do euro à bruta, já choca com a chanceler Angela Merkel, que teima em fazer do povo helénico um engenho de escravos moderno, que por sua vez choca, aliás à guisa de todas as grandes guerras europeias, com a posição francesa, que já teme pelas consequências políticas de desligar a ficha do doente terminal, que não é a mesma da Comissão Europeia, que aposta forte num resgate usurário comparticipado por toda a UE, que choca com os interesses do capital britânico, que não quer o mesmo Euro que o Syriza deseja, que por seu turno foi partido ao meio, como as águas do Mar Vermelho, as esperanças do Bloco de Esquerda ou a coerência do Podemos, que também já veio dizer que não quer renegociar coisíssima nenhuma.
Aos renegados
Aos que renegam o Marxismo, que não aqueles que o fazem por uma opção de classe, concedamos: há algo de pateticamente feliz no acordar todos os dias a pensar que a história acaba de começar. Eles são os que são surpreendidos “pela crise actual”, são os que descobrem em artigos de opinião de revistas internacionais o mundo “da agiotagem” e que ainda mal refeitos do espanto nos apresentam reflexões de “como sair da crise” em que, em maior ou menor grau demonstram a sua cândida ingenuidade.
Contra o sectarismo
Ao longo do fio ideológico do movimento comunista internacional (MCI), os desvios de esquerda e de direita contra a ciência do marxismo-leninismo correspondem invariavelmente a passos atrás na batalha das ideias que acompanham as convulsões naturais da luta de classes, varando contudo o movimento operário de crespos espinhos, por vezes com a profundidade de vários séculos.
5 razões para ser leninista em 2014
Desde a morte de Engels que o leninismo é a mais radical, coerente e incendiária adenda à doutrina marxista. O contributo de Lenine não foi edificativo para que o operariado assimilasse e aplicasse a obra de Marx, foi também o inspirador da primeira revolução desde a Comuna de 1871 a acabar com o capitalismo e a instaurar o socialismo. Nos nossos dias amargos de miséria, quando os tambores da guerra voltam a ribombar em todos os continentes, cabe aos marxistas e a todos os revolucionários prestar especial atenção aos fundamentos do leninismo. Afinal ele é, comprovadamente, o mais eficaz dos guias para destruir o capitalismo que diariamente destrói a humanidade.