“Concertação Social”.

Nacional

O primeiro-ministro anuncia a menos de dois meses das eleições para o parlamento da união europeia que está disposto a discutir o aumento do salário mínimo nacional. Trata-se do mesmo primeiro-ministro que dizia estar a lixar-se para as eleições, e que há pouco mais de um ano referiu, em debate parlamentar suficientemente noticiado para ser esquecido sem mais, que o mais sensato para o combate ao desemprego seria descer o salário mínimo.

O secretário-geral da UGT, que foi ao congresso dos “TSD” sem que alguém com lugar cativo nos media visse nisso o óbvio (o absoluto comprometimento da UGT com a política das troikas), ou tão pouco colocasse em causa a “independência” da UGT, diz que “o primeiro-ministro respondeu ao desafio que a UGT lançou” e acrescenta que no fundo Passos Coelho está pressionado pelo valor o SMN na Alemanha. Trata-se do secretário-geral da mesma UGT que em Abril de 2013 sugeria que fosse o Estado a suportar o aumento do SMN.

O presidente da CIP diz que aceita o aumento do SMN para 500 euros. Por outro lado esquece-se de dizer que os tais 500 euros eram o valor previsto no “Acordo sobre a fixação e evolução da Remuneração Mínima Mensal Garantida” (de 2006) para o ano de 2011: “A RMMG deverá atingir o valor de 450 euros em 2009, assumindo-se como objectivo de médio prazo o valor de 500 euros em 2011“.