Não está tempo para sermos ingénuos: o governo grego traiu o seu povo e mostrou cabalmente que os únicos referendos vinculativos que o Syriza reconhece votam-se nas reuniões do Eurogrupo.
Pouco interessa quais eram as intenções de Tsipras ou dos seus seguidores. Não se trata de escamotear as pressões, ingerências e chantagens de que foi alvo o governo e o povo helénicos, mas de enfrentar a realidade como ela é: este governo assumiu promessas que não cumpriu, convocou um referendo que não respeitou e acaba de assinar o maior retrocesso social das últimas décadas.