Enquanto Nelson Mandela é recordado nas televisões por aquilo que nunca foi, começou em Quito o Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes. Depois da África do Sul, é a vez do Equador receber jovens de todo o mundo. Encabeçando os ideais por que se bateu o histórico resistente sul-africano, dezenas de milhares de raparigas e rapazes de centenas de países protestam contra o imperialismo e reclamam pela paz e justiça social. Precisamente porque esta notícia só tem lugar no caixote de lixo das redacções é a prova de que não querem saber de Nelson Mandela. Ler mais
Autor: Bruno Carvalho
Até sempre, Madiba!

Eleições municipais na Venezuela
O povo venezuelano vai a votos no próximo domingo. Quatro anos depois, dezenas de milhares de candidatos dão a cara pelo projecto bolivariano para as eleições municipais. Como é hábito, a direita apostou na mentira e na destabilização. Copiando a metodologia do golpismo chileno, sucederam-se as sabotagens na distribuição eléctrica e na rede de transportes. O açambarcamento de produtos e a especulação nos preços obrigou Nicolás Maduro a impor a regulação de preços no mercado. A importância do acto eleitoral é maior do que se pensa. Ler mais
A União Europeia é inimiga dos trabalhadores

Para os que depositam esperanças na ‘democrática’ União Europeia e para os que vêem nos protestos pelo vínculo da Ucrânia a Bruxelas um símbolo de luta pela liberdade, deixo-vos a imagem de manifestantes ucranianos tentando subir à estátua de Lénine para a destruir. Ler mais
Que paz na Colômbia?

Passávamos largas horas a desfiar o tempo para cosermos o ritmo dos dias. De manhã, o céu estendia-se azul pelas montanhas e do verde das folhagens saltavam bandos selvagens de papagaios. Nada fazia crer que todas as tardes, mais ou menos à mesma hora, se desatava a tormenta. Foi entre o matraquear da chuva tropical que um dia me descreveu as vezes que o tentaram assassinar. Enquanto dirigente regional do Partido Comunista Colombiano (PCC), escapara tantas vezes à morte que já não me parecia estranho que se sentasse sempre de frente para a porta. Numa das vezes, os assassinos entraram pela porta e ele saltou pela janela. E quando meses mais tarde, no meio do tráfego, uma mota se aproximou da sua janela, a pistola encravou. Ler mais