A falta de memória pode explicar em parte. O propósito propagandístico de querer aligeirar o caso, tratando-o como uma «pequena falha» de um «democrata sem papas na língua» também. Mas falta de memória e vontade de branquear tendências e tiques fascistas é coisa que não medra neste espaço.
Do leque de acções abusivas de Rui Rio enquanto presidente da Câmara Municipal do Porto, vem-nos à memória a retirada atrevida de cartazes de propaganda partidária e sindical. Claro que, na altura, após a devida queixa do PCP, a CNE agiu em conformidade passando o devido e humilhante raspanete a Rui Rio, obrigando-o à reposição dos cartazes. Refrearam-se dessa forma os ímpetos mandões de quem nunca deu mostras de saber conviver bem com quem se lhe opusesse, mas a praxis e a postura foram sempre na mesmíssima toada.