Autor: Manifesto74

“Mais vale pedir que roubar” por Fátima Rolo Duarte

O alegadamente jovem (será?) recente opinador Pedro Marques Lopes tem dos jornais uma ideia caricatural, ingénua. Imagina-os como ursos polares sentados em frágeis e diminutos blocos de gelo, ou seja, vítimas da natureza humana em forma de leitores mal intencionados, ursos condenados a uma injusta e perigosa extinção. Um país sem jornais é uma desgraça de país. Um país com maus jornais é o quê? Portugal já teve bons jornais que vendiam e disto tenho provas em papel. O Diário de Notícias, nomeadamente, vendia a sério no passado ainda recente de Mário Bettencourt Resendes, e agora? Vende 12034, para menos e não para mais. Leram bem: 12034 exemplares contando, imagino, com os que lemos nos aviões, comboios e sei lá mais por onde se espalha o DN para arredondar números.

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A importância de se chamar Socialista

É verdade que quando alguém se intitula alguma coisa, por princípio devemos respeitar esse título. Cada pessoa pensa como pensa e sobre isso não há discussão. Mas também é verdade que há pessoas que produzem pensamento e pensamentos com base em pressupostos historicamente e factualmente errados. Apesar de um mesmíssimo facto servir, por vezes, para corroborar teses opostas, há factos que não se prestam a interpretações tão abertas e a leituras tão maleáveis. A estas pessoas, talvez tenhamos de chamar à atenção, talvez tenhamos de lhes dizer de forma franca e aberta que elas não são o que pensam que são.

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O futebol não explica o mundo mas… lembra muita coisa.

Correram mundo as imagens dos diversos incidentes ocorridos ontem no jogo de futebol entre a Sérvia e a Albânia. Ganhando destaque a imagem do jogador Sérvio que agarra uma bandeira da “Grande Albânia” transportada por um drone que sobrevoava o relvado.

Se algum mérito se pode encontrar naquela provocação, é que ela lembrou a tensão que se mantém na região. Certamente o futebol não explica o mundo, mas por vezes pode expressar histórias, realidades e sentimentos que se procuram ocultar.

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“Entregar, entregar e entregar”

Moedas disse no parlamento europeu (PE) “delivery, delivery and delivery”, enquanto era questionado pelos deputados europeus a propósito da sua indigitação para comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, numa alusão a ser orientado para os resultados (que tem sido uma forma muito utilizada para substituir o já batido – os fins justificam os meios!).

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Princípio do utilizador pagador… e do produtor pagador!

A estranha dualidade de como se continua a publicar ciência no mundo parece escapar à atenção da maioria da comunidade que teima em não deixar para trás um sistema arquitectado para o controlo e para o lucro. Mesmo havendo duras críticas por parte de muitos investigadores, alguns com peso mediático por grandes feitos na ciência premiados até pelos maiores galardões das suas áreas como o Nobel ou a medalha Fields, e as suas insistências em recusar publicar nas editoras que olham para a edição e publicação científica como um negócio, a discussão está longe de ter a atenção que deveria ter, principalmente por parte dos intervenientes públicos responsáveis pelo financiamento da ciência e tecnologia em geral.

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“Fácil, barato e dá milhões” por António Filipe

Ele diz aquilo que pensa que as pessoas gostam de ouvir. Sem dizer uma palavra sobre o que propõe para o país, ou para o que quer que seja, ataca políticos e magistrados, ataca patrões e trabalhadores, diz mal da esquerda e da direita, critica a impunidade dos criminosos e a autoridade dos juízes. Fez-se um símbolo dos sem papas na língua, que disparam sobre tudo o que mexe, com um discurso justicialista, homofóbico, populista.

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Moedas para a Ciência, Investigação e Inovação

Infelizmente o título não se refere a um reforço do financiamento para a Ciência, mas antes à nomeação de Carlos Moedas para Comissário Europeu para esse pelouro. Moedas tem um currículo revelador: trabalhou para a Goldman Sachs e para o Deutsche Bank. Até recentemente era Secretário de Estado Adjunto de Passos Coelho tendo sido um dos representantes nos encontros com a Troika. Embora licenciado em Engenharia Civil, todo o seu restante percurso foi na área da Gestão e Finanças.

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