Autor: Manifesto74

Ser sem abrigo

“Não sou nada nem ninguém para julgar alguém, mas de qualquer maneira, sou um ser, sem abrigo.” É assim que o António começa esta reportagem da TSF, “Só por hoje”, sobre quem vive sem tecto, oiçam-na, mesmo. E continua: “Sobrevivo. Viver, viver é só por hoje. Sempre. É a minha regra. Acordei de manhã, ’tá bom, se amanhã não acordar, olha, melhor ainda. Já foi! Já era!” Simples, e sempre com a voz perto de rebentar em choro.”Venha para um destes bancos e sente-se comigo.” Diz o Luís Carlos ao receber-nos na sua sala de estar, um jardim de Lisboa. Um dia sentou-se num desses bancos a ler, ainda tomou um café, para despertar, mas adormeceu. Entretanto passaram sete meses e o Luís continua por lá. Simples, e sempre com a voz perto de rebentar em choro. A dele e a minha.

Ler mais

Europeias: ou vai ou racha

A CDU apresentou ontem o cabeça de lista para as eleições europeias. O João Ferreira, já deputado europeu neste último mandato, tem todas as condições para continuar a mostrar porque é daqueles que faz mesmo falta ao projecto democrático e progressista que a CDU tem vindo a construir ao longo de anos, quer no plano interno, quer no plano externo. O trabalho dos deputados e deputadas da CDU que passam pelo Parlamento Europeu, é não só elogiado pelos seus pares, como merece o nosso maior respeito pelas difíceis condições em que se desenrola.

Ler mais

Os muitos quadros de Miró

Muito justamente, existe indignação sobre a venda pelo estado de 85 quadros de Joan Miró. Estes foram avaliados, quando eram ainda posse do BPN, em 150 milhões de euros. Em 2008, quando o então Governo socialista anunciou a “nacionalização” do banco, o Estado herdou a colecção. O Governo de Passos prepara-se para vender a colecção, através da leiloeira Christie’s, esperando auferir apenas cerca de 35 milhões de euros. E não, a perda de valor não foi porque ganharam mofo.

Ler mais

Albert Einstein

(…) O capital privado tende a concentrar-se em poucas mãos, em parte por causa da concorrência entre os capitalistas e em parte porque o desenvolvimento tecnológico e a crescente divisão do trabalho encorajam a formação de unidades de produção maiores à custa de outras mais pequenas. O resultado destes desenvolvimentos é uma oligarquia de capital privado cujo enorme poder não pode ser eficazmente controlado mesmo por uma sociedade política democraticamente organizada. Isto é verdade, uma vez que os membros dos órgãos legislativos são escolhidos pelos partidos políticos, largamente financiados ou influenciados pelos capitalistas privados que, para todos os efeitos práticos, separam o eleitorado da legislatura. A consequência é que os representantes do povo não protegem suficientemente os interesses das secções sub-privilegidas da população. Além disso, nas condições existentes, os capitalistas privados controlam inevitavelmente, directa ou indirectamente, as principais fontes de informação (imprensa, rádio, educação). É assim extremamente difícil e mesmo, na maior parte dos casos, completamente impossível, para o cidadão individual, chegar a conclusões objectivas e utilizar inteligentemente os seus direitos políticos.

Ler mais

71 anos depois, Estalinegrado!

Ontem celebraram-se 71 anos do fim do cerco nazi de 199 dias a Estalingrado. O fim do cerco foi um importantíssimo momento na 2ª Guerra Mundial, pela libertação da cidade e pelo que isso representou do ponto de vista militar, limitando a expansão nazi, e para a restante libertação que se seguiria. Não existem dados oficiais sobre o total de baixas(a dimensão da batalha não o permite), alguns calculam que a batalha tenha causado a morte ou ferimentos a 2 milhões de soldados e civis, alguns arquivos referem 1.170.000 baixas entre os soviéticos, e cerca de 850.000 baixas entre os nazis alemães e os seus aliados italianos, húngaros, romenos, croatas, espanhóis, entre outros, comandados pelo Marechal alemão Friedrich Paulus.

Ler mais

Cem anos a bengalar

O cinema e o mundo conheceram Charlie Chaplin no dia 2 de Fevereiro de 1914. Cem anos depois, como espectador e a cada filme de Chaplin que revejo, percebo que os tempos de Charlot continuam a ser modernos. Como actor, sinto-me minúsculo perante os génios de colegas de profissão como este.

Ler mais

O dedo com que Ribeiro e Castro aponta, é o mesmo dedo que lhe fura a vista

José Ribeiro e Castro, deputado do CDS-PP, antigo Presidente do mesmo partido, um puritano da linguagem e um homem que sabe o que quer para o seu país: contenção verbal. O PCP apresentou um projecto de lei onde pede que se reponham os “feriados roubados”. O governo, e os partidos do mesmo já se mostraram desagradados com esta expressão, e o pobre Ribeiro e Castro está escandalizado e diz que assim não pode votar a favor, mas talvez se abstenha…

Ler mais

Porque rir é o único remédio…

E pronto, hoje o dia foi especial. Segue-se uma lista de uns quantos momentos “HAHAHAHAHA”. São aqueles momentos em que alguém decide argumentar, agir, legislar, enganar, roubar, etc e tal, de forma tão absurda que só nos resta rir. Depois é respirar fundo, e combatê-los. Enfim, sem mais delongas e sem comentários…divirtam-se!Roubado do Facebook do Miguel Tiago: “Deputado do PSD acaba de dizer que a diminuição da natalidade se deve, em parte, à emancipação da mulher. É preciso dizer mais alguma coisa?”

Ler mais