Todos os artigos: Nacional

Manuel Goucha Salazar, para que saibas: o fascismo e o racismo não passarão

Não vi o programa, não vou ver. MM participou na execução de um negro – Alcindo Monteiro, (na foto, morto por causa da cor da sua pele, com 27 anos, em junho de 1995, espancado até à morte) – esteve detido por posse ilegal de armas, apela repetidamente ao ódio e ao racismo. De quando em vez, lá vem um órgão de comunicação social dar-lhe palco. Li uma vez uma entrevista sua e bastou-me. Bastou-me a suástica que enverga para imediatamente me reportar à célebre cena de American History X, em que um nazi (com uma estética bem parecida ao dito cujo) esmaga o crânio de um negro no lancil de um passeio. E vejam-na com atenção porque foi isto que se passou na TVI.

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Um tal de Soeiro

Na semana passada, fiz o post que se segue, em torno de uma imagem extraída do site do Bloco de Esquerda, onde pode ler-se “Justiça para os pedreiros”. Ora, confesso, nunca na minha vida tinha ouvido alguém referir-se a pedreiro como sendo trabalhador das pedreiras. Nem eu, nem a Classificação Nacional de Profissões, disponível aqui, no site do Instituto Nacional de Estatística.

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Depoimento exclusivo de um futuro colete amarelo português

A situação é muito grave e exige uma resposta que “PÁRE PORTUGAL”. É que tem mesmo de PARAR TUDO! Aquilo dos coletes em França foi giro e até “li na net” que o governo de lá “cedeu”. A tudo. Foi uma limpeza. Aqui a situação também é muito grave. Mas é muito grave porquê? Porque vou eu, afinal, levantar este rabinho do sofá e participar numa “manif” pela primeira vez na minha vida? Porque vou eu ser um futuro colete amarelo? Fácil. VAMOS LÁ, Portugal, vamos lá dizer isto a plenos pulmões!

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Red Light District: as montras da satisfação dos homens

São cerca das 22 horas. Todo o dia, desde que saí à rua, todos os caminhos iam dar a um sítio: Red Light District. Por mais que procurasse este ou aquele museu, esta ou aquela rua, as indicações sublevavam o ex libris da cidade, o tal de Red Light. Nas montras das lojas de recordações, objectos fálicos, todo o tipo de brinquedos sexuais i <3 Amsterdam e as afamadas montras. Montras de mulheres.

São cerca das 22 horas. Começo a descer a rua e logo se vêem as luzes vermelhas para as mulheres e as roxas para as transexuais. É difícil ver para além das luzes: são hordas de homens. Deslocam-se em grupo, enchem as ruas, não é fácil andar por ali. De todas as nacionalidades, só um motivo os leva ali: comprar mulheres.

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Silêncio

Calados, caladinhos, cabeça baixa, orelhas que tapem os ouvidos, que vão falar os comunistas. Os velhos e cansados, os que desde 1921 que vão acabar, os retrógrados e contra o progresso, mais o liberalismo que é o futuro, mais o feminismo urbano-burguês. Mudos, calados obedientes, que o pensamento é só um, só pode ser um, que é a natureza humana. Calem-se as ideologias estafadas da igualdade de oportunidades do trabalho com direitos e do direito ao trabalho. São millenials, querem T0 com 2 metros quadrados, querem Uber e Glovo, que se foda quem paga as motas e os carros. Isto salva-se com o Banco Alimentar, desde que não haja bifes, porque temos de deixar que nos roam os ossos. Não há uma app que mastigue por mim? É a vida, só há um caminho, é a natureza humana, que é fodida, porque o ser humano é egoísta quando nasce. Claro que há igualdade desde que não abane o défice, que o défice cai bem em qualquer mesa, não pode é haver muita chatice, diz que é pessoal lá em Bruxelas que diz que somos uns calões; calados e mudos. O quarto poder e tal, que anda um bocado mau, o senhor Presidente da República até falou sobre isso.

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Mariposas, a eterna luta pela igualdade

Patria, Minerva, Maria Teresa, três das quatro irmãs Mirabal, que a 25 de novembro foram brutalmente assassinadas por Rafael Trujillo, ditador dominicano. Assumidamente antifascistas, lutaram contra a opressão e empobrecimento das camadas trabalhadoras e por isso foram presas e torturadas, repetidamente, até à sua bárbara execução. E é em honra a elas que se instituiu o Dia Internacional para a Erradicação da Violência sobre as Mulheres.

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Eventualmente, precários – Um abraço de Leixões até Setúbal

Hoje foi o dia, mais um dia, em que o Governo do PS alinhou num plano para furar a luta de cerca de 90 trabalhadores, que o são eventualmente, num plano orquestrado em conjunto Operestiva. O pretexto é, como não podia deixar de ser, a Autoeuropa. A empresa que é o alfa e o ómega do que são as nossas exportações e, por isso, tem de valer tudo. Não podemos pôr as pessoas à frente do PIB, não vá o PIB atropelá-las, o PIB que vai subindo a toda a velocidade, rumo nos píncaros de todos os PIB, nos Himalaias dos PIB. A Autoeuropa e os seus trabalhadores, que também são um exemplo de união e luta e eram os melhores do Mundo até dizerem não à administração. A partir daí, passaram a ser uns irresponsáveis que, citando Camilo Lourenço “mereciam salário zero”.

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Mas o fascismo não faz mal ao béu-béu

O fascismo não entra pela sala adentro com certidão do notário e uma suástica na testa a apresentar-se «Nazi Fascismo, muito prazer».

O nazi-fascismo não acontece quando as SA se lembram de vir para a rua de bota cardada e corrente na mão. É preciso uma legião de pessoas que não se interessem por política e que, por isso, não queiram saber se o super-herói justiceiro é anti-semita ou neonazi. A ideologia é uma sensaboria para os beatos do homem-forte porque o que interessa é que ele faz e acontece: pula escorreito as alpondras da lei e da política e faz, pelas próprias mãos, sem precisar de burocracias nem direitos nem de outras dilações maçadoras, a justiça da multidão.

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