Autor: Miguel Tiago

Dos pactos de regime (capitalista) à liquidação do regime (democrático)

A 25 de Novembro de 2013, nasceu o Manifesto74, forjado em Outubro, inspirado em Abril. Faz um ano.

A 25 de Novembro de 1975, tentaram enterrar Outubro e matar Abril. Ganharam a batalha, a luta continua. Enquanto um trabalhador for explorado em Portugal, o socialismo continuará a ser o horizonte desta pátria que, lutando contra os ventos que sopram do passado, tem os olhos postos no futuro.

A 25 de Novembro de 2014, o Governo liquidatário da República, aprova no Parlamento – com o alinhamento do seu braço parlamentar PSD/CDS – o orçamento do estado para o ano de 2015. Da troika ocupante que parece ter ido mas não foi, à troika doméstica que por cá continua, as opções e imposições contidas no documento, merecem total apoio, pesem as manobras do P”S” para se fingir de fora dos acordos de regime.

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Factos sobre as subvenções vitalícias

1. Ao contrário do que parece na Comunicação Social, não debateu ou votou a reposição da atribuição de subvenções vitalícias a titulares de cargos públicos.

2. O PS e o PSD propõem, isso sim, o fim da suspensão das subvenções aos ex-titulares de cargos públicos que já as recebiam actualmente. Ou seja, esta proposta de PS e PSD apenas repõe a subvenção para as pessoas que já tinham direito a elas no passado mas não retoma a política de atribuição a titulares de cargos públicos actualmente no activo.

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É assim que se faz.

NACIONALIZAÇÃO DA BANCA
DECRETO-DEI N.º 132-A/75, DE 14 DE MARÇO

Considerando a necessidade de concretizar uma política económica antimonopolista que sirva as classes trabalhadoras e as camadas mais desfavorecidas da população portuguesa, no cumprimento do Programa do Movimento das Forças Armadas;

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B-a-bá dos juros de uma dívida «nossa»

Disseram-nos que devíamos 220 mil milhões a alguém por andarmos a viver acima das nossas possibilidades. Não sabemos bem a quem devemos esse dinheiro, mas sabemos que nos vieram ajudar a pagar a dívida para podermos ter trabalho e salário. Bancos acorreram a salvar-nos, através do FMI, e emprestaram-nos 82 mil milhões de euros.

No entanto, a bondade, paga-se. Chama-se juro. E de juros, pelo dinheiro que nos emprestaram para nos ajudar temos que pagar 8,2 mil milhões. Por ano.

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Fiscalidade verde.

Colocando o epíteto “verde” após qualquer palavra, de repente, tornou-se a forma mais eficaz da propaganda pseudo-ecologista. “Verde”, “natural”, “biológico”, “eco”, enfim, um sem número de termos que, independentemente da sua ligação com a realidade, rotulam qualquer coisa, por mais poluente que seja, como a mais ecologicamente sustentável das coisas.

Ora, no caso da fiscalidade verde portuguesa, apresentada pelo governo laranja, o termo “verde” deve vir da cor das collants do Robin dos Bosques, que terá sido certamente a fonte de inspiração para esta reforma. O Governo dos ricos é o Robin dos Bosques dos ricos e a fiscalidade verde é a embuscada que fazer na floresta fiscal para tirar aos pobres e distribuir pelos ricos.

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Bombing em toda a parte!

Quanto maior for a ofensiva contra os direitos dos trabalhadores, contra os portugueses e aqueles que cá vivem, e quanto maior for o desvio de recursos públicos para as mãos dos banqueiros e agiotas, maior será a necessidade de intensificar o carácter repressivo do Estado.

Quando Álvaro Cunhal dizia que a base fundamental dos nossos direitos culturais, sociais e políticos é a economia e os nossos direitos económicos, mostrava com clareza a interpenetração e interdependência entre essas vertentes da vivência colectiva, apontando que no desenvolvimento de uma, se desenvolvem as restantes, como no definhamento de uma definham as outras. A alteração quantitativa no plano da economia provoca alterações qualitativas na vida, nos diversos planos.

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Ideologia impagável.

É habitual que nos filmes venham personagens do futuro  para salvar a humanidade ou uma comunidade específica. Em Portugal, como noutros países chamados periféricos, vieram ideias do passado para destruir o presente e nos lixar o futuro.

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Farsa para um povo enganado e um banqueiro armado

Somos muitas vezes levados a crer que a intervenção do Estado, através das ordens dos Governos, na banca privada se destina a salvaguardar uma espécie de entidade abstracta que dá pelo nome de “banco”. Essa ilusão alimenta a justificação que não poucas vezes parece chancelar a intervenção do Estado: a da necessidade de, salvando o “banco”, se salvam os depositantes e as poupanças que lá se encontram.

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