Todos os artigos: Nacional

Sim, Fernanda Câncio, defenderemos sempre o direito à habitação – para todos

Mais uma vez um sentimento de absoluta perplexidade assomou-me com um novo tweet da Fernanda Câncio. Eu ainda me espanto (e espantar-me-ei sempre) quando pessoas inteligentes escrevem coisas assim.

Câncio pergunta pelo racional de impedir os despejos a quem  não paga a renda. E eu pergunto como é que alguém pode não entender – imediatamente – a razão de ser das propostas aprovadas, das propostas em discussão, incluindo a moratória que não só é absolutamente insuficiente como apenas vigora por um ano, mas, ainda assim, é já responsável por muitas famílias poderem ficar na casa onde sempre viveram e impedir o aumento colossal das rendas.

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Esta cidade também é nossa! Os brasileiros em Lisboa e no país.

No dia 6 de Julho, o Brasil era derrotado pela Bélgica nas quartas de final da Copa do Mundo e era assim eliminado desta competição. Mas para os brasileiros, a festa não ia parar pelas falhas dos outros. Na Praça do Comércio, a festa continuou pós-jogo e mesmo com algumas lágrimas nos olhos, a batida do funk animou a noite para uns milhares de brasileiros ali presentes.

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A mão por detrás dos afectos

Marcelo Rebelo de Sousa resolveu devolver à Assembleia da República um decreto que tinha por finalidade garantir aos arrendatários o direito de preferência em caso de compra dos imóveis por inteiro. Tudo isto surge numa altura em que decorre um negócio que, caso a lei venha a entrar efectivamente em vigor, pode ficar em risco: trata-se da operação de venda de 277 imóveis da companhia de seguros Fidelidade a um fundo de investimento norte-americano (Apollo), operação na qual a Fidelidade se tem negado a dar a devida preferência a cada um dos inquilinos sobre a respectiva fracção. Enquanto a lei vai, volta e não entra em vigor, lá vão folgando as costas, dando tempo precioso à consumação da negociata.

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#thisislisbon

A., 50 anos, encontrou trabalho num hotel há dois meses. O filho, segurança, paga metade da renda. Recebeu o aviso prévio para sair de casa daqui a dois meses. Ia ver uma casa, 700 euros. O salário é de 580 brutos. Tem três filhos, dois em idade escolar e o outro que a ajuda. Vão todos ser despejados. Chorou porque acha injusto que o filho suporte o valor da renda que ela como mãe devia assegurar. Mas perdeu o emprego. E agora que recuperou e procura um segundo emprego não tem casa para onde ir.

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O Comboio Descendente

«CP está a ficar sem comboios e à beira do colapso. Com uma frota envelhecida, comboios avariados e oficinas sem pessoal, a CP está à beira da ruptura. Concurso público para comprar material circulante ainda nem tem caderno de encargos e a empresa está a ficar sem comboios» (Público, 11/07/2018). O que é que isto significa? Que se está a preparar terreno para a liberalização da ferrovia já agendada para 2020. Sem o estorvo do «operador Estado», ou com ele reduzido a farrapos, é mais fácil aos operadores privados dominarem mais um serviço público.

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BE: O conteúdo está na forma

Sou forçado a admitir que o debate parlamentar – e refiro-me a este, que foi o único que existiu – acerca da eutanásia foi, de facto, muito útil. Não para debater as complexas circunstâncias do tema propriamente dito, cujo aprofundamento nitidamente não interessou a quem apresentou as propostas, mas sim para outros fins, bem menos “heróicos” ou “respeitadores” da “vontade dos cidadãos” que alguma ingenuidade da opinião pública pudesse antever nas defesas vigorosas da respectiva aprovação. Das várias latitudes do “interesse” que havia em fazer de forma apressada uma discussão mediática e uma votação atabalhoada, evidenciou-se, muito destacadamente na imprensa, como é habitual nestes casos, a postura pública do Bloco de Esquerda em relação ao PCP.

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