Todos os artigos: Nacional

Quem matou David Duarte?

A morte do David Duarte não tem outro nome. É um assassinato. E quando assim é, a culpa não é só de quem dispara. É também de quem aponta e de quem dá a ordem. É de quem o encaminhou para um hospital sem recursos humanos, é de quem deu a ordem de limitar o financiamento à assistência hospitalar e é de quem a executou. É, principalmente, do anterior ministro da Saúde que, antes, havia sido administrador de uma seguradora e que seguiu os interesses dos grandes grupos económicos e financeiros na gestão do Serviço Nacional de Saúde. É de Passos Coelho e de Paulo Portas que nos chamaram piegas e exigiram que aguentássemos a tragédia sem protestar.

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Impostos Ideológicos

Paulo Portas descobriu a sua nova campanha populista. Com medo de voltar às feiras, envereda agora pelo seu chavão favorito; os partidos que criticam a acção do seu governo e propõem alternativas são ideológicos.

Como a maioria dos chavões do faceto tal afirmação não tem crédito em lugar algum, com excepção na demagogia ou de alguma forma tautológica que, na sua boca, é habitual.

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O MRPP, Bataclan e a vergonha alheia

Para quem não acompanhe a sórdida e não menos entediante telenovela em que se transformou o MRPP, aqui vai um resumo rápido: o Garcia Pereira perdeu votos nas últimas legislativas e, como castigo, foi purgado por Arnaldo Matos com direito a humilhações públicas, insultos à família e uma média de quatro palavrões por editorial no jornal do partido.

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Marcelo: Som que se propaga no Vácuo

O candidato presidencial Marcelo Rebelo de Sousa deu por estes dias uma entrevista à SIC que teve, aparentemente, desde logo, o condão de não ter perguntas previamente combinadas. Não havia, aparentemente, temas “escolhidos” nem guião de conversa como acontecera noutros carnavais, onde de resto Marcelo “nadava” como outrora nas águas do Tejo. E, por isso, aconteceu o esperado: quando confrontado com aquela que é a sua experiência política ou com o seu passado partidário, Marcelo tropeçou em si próprio e conseguiu uma proeza que ultrapassa as barreiras da ciência e as leis da física: propagar som… no vácuo. Mas já lá vamos.

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O que é o PAN? A oportuna neutralidade da direita

Sempre que se lhe presta ensejo, o partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) repete que «não é de esquerda nem de direita» porque rejeita «enquadramentos deterministas à esquerda, centro ou direita – os quais serão sempre reducionistas»

Se, em política, a neutralidade é sempre suspeita, deve ser constituída arguida e devidamente investigada quando acontece alguma injustiça. E no PAN, à semelhança dos Fuzis da Senhora Carrar, de Brecht, a alegada imparcialidade dos neutrais pende sempre para um dos lados.

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Reivindicar, exigir, reconquistar Abril

O mandato que o povo, através da nova composição parlamentar, entregou ao PS é uma procuração para a ruptura com as políticas de direita. Com esta procuração na mão, todos os trabalhadores ficam em melhor posição para reivindicar a devolução do que foi roubado, exigir mais direitos e reconquistar Abril.

Perdida a batalha eleitoral e abandonadas as esperanças de governar sob o protectorado de Cavaco, começou, porém, uma luta de morte pelo coração do Partido Socialista. Como demonstram as histéricas reacções do patronato e dos sectores mais reaccionários da direita, incansáveis na mnemónica da opção histórica de classe do PS, este governo tem apenas e somente duas opções: ou trai o grande capital monopolista ou trai os trabalhadores.

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Um discurso intemporal – Chaplin, o grande ditador

Desculpem-me, mas eu não quero ser um Imperador, esse não é o meu objectivo.  Eu não pretendo governar ou conquistar ninguém.
Gostaria de ajudar a todos, se possível, judeus, gentios, negros, brancos. Todos nós queremos ajudar-nos uns aos outros, os seres humanos são assim. Todos nós queremos viver pela felicidade dos outros, não pela miséria alheia. Não queremos odiar e desprezar o outro. Neste mundo há espaço para todos e a terra é rica e pode prover para todos.

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Do reformismo à colectivização forçada

O PCP mudou. Uma autêntica perestroika. Uma profunda desfiguração do partido marxista-leninista, operário e comunista. Abandonando os seus princípios e contra muitos dos seus militantes deixando de lado as bandeiras fundamentais sobre a NATO, a renegociação da dívida, a preparação do país para a saída do Euro e o controlo público da banca, o PCP torna-se muleta do PS para que o PS chegue ao poder.

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