Todos os artigos: Nacional

Uma cara, um discurso, uma empatia

João Gobern redigiu uma reportagem sobre um dia da campanha da CDU no Norte do país. O texto que abaixo se transcreve é um exemplo de um bom trabalho!

“Jerónimo de Sousa e a CDU não morrem de amores por trípticos, como o famigerado “uma maioria, um governo, um presidente”. Ainda gostam menos da troika, presume-se. Mas um dia em três andamentos – um encontro, uma ação de rua, um comício – reforça a ideia de três missões eleitorais: resistir, desmistificar e crescer.

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15 falácias para não votar CDU

Volvidos 39 anos de retrocessos sociais marcados pela continuada aleivosia de três partidos (PS, PSD e CDS-PP) que se alternam, ufanos, no poder, muitos portugueses parecem presos, na hora de votar, a velhos preconceitos. Extraordinariamente, mesmo diante de uma força política diferente e com décadas de provas dadas, há quem aposte por castigar a austeridade do PS votando no PSD, para, no acto eleitoral seguinte, punir o PSD votando no PS, (que desta vez é que vai ser diferente, não é?). A má notícia é que as arreigadas (mas espúrias) crendices sobre a exequibilidade política da CDU têm vaticinado o país a prosseguir o mesmo caminho de pobreza e injustiça. A boa notícia é que os argumentos de quem se recusa apaixonadamente a ver o óbvio são, regra geral, fáceis de compilar e desmontar.

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Pedro Filipe Soares, e se te deixasses de merdas?

Fotografia retirada do site Esquerda.net

O que terá passado pela cabeça de Pedro Filipe Soares, líder parlamentar do Bloco de Esquerda, para inaugurar, a uma semana das eleições, a deriva contra o PCP, não sou capaz de dizer, mas posso tentar adivinhar.

Em todo o caso, estou certa de que esta deriva não é acompanhada pela maioria dos activistas e apoiantes do BE, que, naturalmente, estarão bem mais preocupados em dar combate à política de direita e aos seus protagonistas e não ao PCP.

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E tu, o que vais fazer sobre isto?

Números. Percentagens. Sobe e desce. Sondagens do fixo. Sondagens de rua. Arruadas que inundam ruas. Arruadas genuínas, com pessoas que se deslocaram ali porque quiseram. Arruadas fictícias, com pessoas que se deslocaram ali porque lhes pagaram. Centenas aqui. Milhares ali. Dezenas acolá. Salas cheias. Também algumas genuínas e outras, muitas, fictícias. E no meio disto, e nesta primeira semana de campanha, o número mais importante para mim foi o “um”. O “uma”. Uma pessoa que me entregou a sua ficha de inscrição no Sindicato. Uma pessoa que assumiu a sua opção de classe.

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Crónicas de viagem – a milícia do autocarro 712

Tudo o que vou relatar, aconteceu. Cheguei ao trabalho ainda me tremiam as mãos de incredulidade com o que tinha acabado de se passar.

Enquanto esperava o autocarro (mais uma vez, o 712), vi-o a parar em frente a uma escola. Começaram a sair pessoas a correr e uma delas parou ao meu lado e disse «Isto nunca me aconteceu…Meu deus, vai entrar? Cuidado com a criança». A criança estava ao meu lado num carrinho de bebé e outra pessoa disse o mesmo. Perguntei o que se passava e a senhora diz-me que estava um maluco à porrada no autocarro. Perguntei logo se já tinham chamado a polícia (parecia-me lógico, em vez de ser o motorista a parar o autocarro e a enfrentar a situação).

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Sondas manipuladas

O Syriza voltou a ganhar as eleições na Grécia, obteve 35,5% dos votos, contra os 28% da Nova Democracia. Os números desta eleição mostram uma variação muito pequena, de todos os partidos, relativamente aos resultados do último acto eleitoral em Janeiro.

Apesar de referendos traídos, avanços e recuos nas negociações com a Troika, cisões internas e algumas novas coligações, as e os gregos praticamente não alteraram o seu voto. A grande variação deu-se na abstenção, que passou dos 35% em Janeiro para um valor a rondar os 43%.

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Alerta antifascista… e na primeira linha o partido comunista!

Os patrões condenam, os jornais escondem, os fascistas atacam. Um grupo de neonazis atacou, esta tarde, pelo menos três pessoas, entre as quais uma que saía do comício da CDU que encheu, esta tarde, o  Coliseu dos Recreios. Quantas páginas dedicará à versão das vítimas a próxima edição do Expresso?

Foi assim durante toda a tarde: a pretexto de uma manifestação contra a «islamização», capangas fascistas percorreram impunemente as ruas de Lisboa, provocando negros, comunistas e homossexuais.

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«Comemos com um resgate»? Quem?

Esta frase soaria de forma estranha na boca de qualquer primeiro-ministro, não fosse esse primeiro-ministro chamar-se Pedro Passos Coelho. Assim, a acrescentar ao insistente e reiterado uso do “dourar a pílula” e a outras tiradas no mínimo desajustadas, tratando-se do minguado Pedro Passos Coelho que nunca nos habituou a proferir grandes inteligências, antes pelo contrário, o inusitado “comemos com um resgate” foi só e apenas mais do mesmo. Mas eliminando a estética institucional da coisa, e que a direita por norma tanto preza e tanto critica nos outros, e passando à substância, que é o que realmente aqui nos importa, talvez seja bom usar a expressão do primeiro-ministro para reflectir sobre quem é que de facto “comeu com o resgate” e, sobretudo, quem é que “comeu dele”.

Uma coisa é certa: quem “comeu com ele”, no sentido de “sofrer com ele” não foi Pedro Passos Coelho, nem os seus amigos banqueiros

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