Os apelos roçam o desespero. Chega a ser quase enternecedor. O Observador tem fulminado os leitores e visitantes da sua página com mensagens de consternação pela falta de assinaturas e consequente apelo à subscrição paga dos seus conteúdos. José Manuel Fernandes, quando não surge na página a assinar textos bolsonaristas, ou na versão radiofónica com laivos medievais, aparece assim com ar sereno e cândido, de gatinho abandonado, implorando a todos os santinhos que façam lá a subscriçãozinha do órgão que o alimenta. Não se percebe de que tem medo o Observador. Afinal, caros amigos, é só a justiça do mercado a funcionar. Afinal, todos sabemos que em cada falência há sempre uma nova oportunidade. Novos e mais fortes empreendimentos, mais adaptados e evoluídos, surgirão no seu lugar. José Manuel Fernandes e seus pares não devem fazer cara feia ao seu negro futuro de gestores falidos: têm de estar gratos e satisfeitos pelo facto nobre e valente de a sua falência poder vir a dar lugar a um empreendedorismo mais próspero e mais capaz! Ler mais
Leitura #5 – Sobre o direito das nações à autodeterminação

Uma das questões a que Lénine dedicou especial atenção foi ao direito das nações à autodeterminação e à relação entre as tarefas do proletariado na luta pela autodeterminação nacional e na luta pela superação do capitalismo. Uma questão nuclear do que é ser Internacionalista. Ler mais
A Bola perdeu o Norte

A insatisfação e indignação que grassa na redação do Porto do jornal A Bola, por um processo enviesado no prisma geográfico, sem qualquer outra justificação que não fosse encerrar a redação a norte, mesmo quando a esmagadora maioria dos clubes da I e II Liga estão a norte do Mondego. Este documento expõe o tratamento desigual recebido pela redação do Porto por parte da administração do jornal A BOLA, no lay-off decretado na segunda-feira, dia 6 de abril. Ler mais
Rita, põe-te em guarda

Ao ler as partes que a Blitz cita do lamento de Rita apenas se evidencia o que é óbvio (é mais do que óbvio) no meio do entretenimento português. Seria meio cultural se existisse uma política cultural, algum eixo, alguma estrutura de criação e fruição que garantisse este direito fundamental a todos. Mas não, é sempre a lógica da festa, do amigo, do amigão que arranja o concerto ao amigão, que conhece um tipo com que estudou na faculdade que é produtor e amigo do presidente da câmara, do namorado que tem uma banda e são muito amigos do tipo da rádio que já os passou (e que não costumar passar ninguém), que por sua vez janta todas as semanas com o gajo da discoteca que é amicissímo e até já namorou com a miúda do programa da televisão cujo namorado novo é das relações pessoais do gabinete da ministra já desde que ela era vereadora. Ler mais
Leitura #4 – A I Guerra Mundial

Desde muito antes da Guerra que a Internacional alertava para a inevitável confrontação inter-imperialista que se avizinhava, e para o carácter dessa guerra. Com o eclodir da Guerra, a Internacional vai dividir-se, entre uma enorme maioria de Partidos que abandonam as posições de classe e se passam a várias formas de chauvinismo, e aqueles que, como Lénine, se mantém em posições Internacionalistas. Desta ruptura, consolidada posteriormente pela abordagem à revolução soviética e à ditadura do proletariado, nascerá a III Internacional, a Internacional Comunista. Ler mais
Leitura #3 – A Revolução de 1905

1905 é o ano da primeira grande Revolução Russa, uma Revolução contra o autocracia czarista, onde o proletariado teve um papel fundamental. A Revolução será derrotada. Muitas das extraordinárias conquistas de 1905 serão destruídas pela contra-revolução. Mas nada ficaria como antes. Na luta, aprendeu o Partido, aprendeu a classe, aprendeu o povo. Como sublinhou Lénine em 1910, no final das suas «Lições da Revolução»: «Nenhuma força no mundo impedirá o advento da liberdade na Rússia quando a massa do proletariado das cidades se erguer para a luta, afastar os liberais vacilantes e traidores, conduzir atrás de si os operários rurais e o campesinato arruinado.» Ler mais
Aos trabalhadores! Obrigado!

#SóOPovoSalvaOPovo
Leitura #2 – Textos de Lénine do virar do século XIX para o XX

Hoje convidamos a ler dois curtos textos de Lénine do virar do século XIX para o XX. Promovem e reflectem a expansão do marxismo no proletariado russo, o seu amadurecimento e o abandono das concepções anarquistas e das concepções que negavam o carácter necessariamente político da luta de classes. É uma luta que se travou também no movimento operário português, onde só ficaria essencialmente resolvida cerca de 30/40 anos mais tarde, e que nalguma das suas linhas de força foi sempre ressurgindo pontualmente. Na sequência das grandes derrotas do Socialismo no final do século XX, e da consequente perda de perspectiva e confiança, muitas destas questões ressurgiram e ressurgem, normalmente mascarando de grande novidade absolutas velharias onde já se tropeçava há dois séculos. Ler mais