Leitura #1 – Lénine nasceu há 150 anos: 30 textos em 30 dias

Comemoramos este mês de Abril os 150 anos do nascimento de Lénine. Concebemos, como forma de celebração, a promoção da leitura da sua obra. Há um conjunto de livros de Lénine que são de leitura imprescindível para qualquer revolucionário: «O que fazer?»; «Um Passo em Frente, Dois Passos Atrás»; «O Imperialismo, Fase Superior do Capitalismo»; «O Estado e a Revolução»; «A Revolução Proletária e o Renegado Kautsky»; «O Esquerdismo, Doença Infantil do Comunismo». Há ainda toda uma vasta obra, de publicista, composta de pequenos artigos e brochuras, que apenas pode ser encontrada nas duas edições em Português das Obras Escolhidas (em três e seis Tomos, ambas da Editorial Avante) ou nos mais de 40 tomos das suas Obras Completas. É desse universo que nos iremos tentar aproximar, apresentando trinta textos completos de Lénine, dois a cada dois dias, textos que pela sua dimensão convidam a uma leitura electrónica dos mesmos. Ler mais

“Agarrem-me senão vou-me a eles!”

É comovente ouvir António Costa, o Primeiro-Ministro de um país periférico, dar aquela chazada de peito cheio ao ministro da Holanda. É assim uma espécie de bálsamo patriótico, mas ao mesmo tempo placebo. Eleva a moral mas não faz nada. Pesem as diferenças notórias de estilo entre Costa e Passos Coelho, a grande diferença é que um pedia de joelhos e o outro faz aquele número do “agarrem-me senão vou-me eles” enquanto estende os braços para que alguém o agarre. É um bluff arriscado, e tem o seu valor por isso. Ler mais

Não, não #VaiFicarTudoBem

Não, não #vaificartudobem. Ou melhor, só #vaificartudobem para alguns. Porque quando António Costa disse que “nesta guerra estamos todos do mesmo lado”, não explicou que, como em todas as guerras, há soldados rasos, que nestas coisas vão sempre à frente, mas também há, do mesmo lado, mas não mesmo ao lado, e com isto quero dizer lá bem atrás, financeiros e industriais, que levam confortavelmente a mesmíssima bandeira à lapela dos seus paletós Ermenegildo Zegna. Acto contínuo, Costa explicou que “nesta guerra não há o Partido do Vírus e o Partido Contra o Vírus” mas, vamos lá ver, também não havia o “Partido da Crise e o Partido Contra a Crise” e todos sabemos como é que correu esse “grande esforço patriótico”. Ler mais