Autor: Rui Silva

Sobre o “enquadramento internacional do PCP nestas eleições”

Vi a edição desta noite do espaço de comentário que Francisco Louçã ganhou na SICn. Nele Louçã entendeu dar a sua opinião – legítima, naturalmente – sobre os “pontos fortes” e os “pontos fracos” das diferentes listas de candidatos ao Parlamento da União Europeia, nomeadamente aquelas que correspondem a partidos ou coligações com representação no actual parlamento.

Sobre a lista da CDU Louçã referiu como ponto forte a presença activa do PCP na luta contra a austeridade. Interessa-me em todo o caso explorar aquilo que referiu como ponto fraco já se baseia numa falsidade absoluta.

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9 de Maio, Dia da Vitória! (День Победы)

Neste dia, em 1945, celebrava-se a derrota do nazi-fascismo alemão.

Hoje, 69 anos depois, a luta contra o nazi-fascismo tem a mesma actualidade, a mesma importância, incluindo no solo que mais regado foi com o sangue dos maiores heróis da luta contra a Alemanha hitleriana e os seus aliados.

9 de Maio, “Den Pobedy”, o Dia da Vitória. Ura!

 

O Tozé quer um cheque em branco…

Em recente entrevista ao Expresso o actual secretário-geral do PS, e auto-proclamado candidato a primeiro ministro de Portugal, referiu que neste momento não pode “garantir absolutamente nada” porque não sabe “qual o estado do país que eu vou receber”.

Duas breves notas, começando pelo fim: António José Seguro dá como adquirido que receberá o país (ou seja, que chegará ao cargo que ambiciona), declaração cheia de bazófia que é capaz de lhe sair pela culatra; o secretário-geral do PS é capaz de não saber e por isso aqui fica a informação, caso o próprio ou alguém das suas relações tropece neste texto perdido na imensidão da rede: para “receber” o país é preciso ser-se eleito; as eleições legislativas servem para eleger a próxima Assembleia da República; e mesmo que o PS seja a força partidária mais votada não é líquido que venha a constituir governo.

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O Donbass insurrecto

A situação no sudeste da Ucrânia parece deteriorar-se de forma dramática a cada hora que passa. Os acordos de Genebra são letra morta e tudo no terreno contraria a necessária pacificação da situação. Os Estados Unidos continuam a deitar acendalhas para a imensa fogueira que ajudaram a criar e as operações militares promovidas pela Junta de Kiev na zona da bacia de Donets podem bem ser o início de um conflito de escala e consequências imprevisíveis com culpado mediaticamente definido à partida: a Federação Russa.

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A pontaria zarolha da direita que se diz de esquerda

Não fosse a partilha do link por parte de um camarada e a notícia publicada pelo Sol sobre a pontaria zarolha que o PS faz o PCP no quadro das eleições para o parlamento europeu ter-me-ia passado ao lado. A notícia não é, em bom rigor, ilustrativa de novidade alguma. O PS faz desde 1975 pontaria ao PCP e seus militantes, seja no quadro das instituições, seja fora delas. A direita – mesmo aquela que se diz de esquerda – sabe bem a quem apontar, sabe de onde vem o perigo real de uma ruptura com o sistema que alimenta, e a alimenta.

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Os sábios

Escreve o Expresso que os “sábios” que o governo convidou para estudarem questões ligadas à segurança social e a eventuais reformulações no sistema de pensões estão “furiosos”. A razão da fúria parece ser sentirem-se utilizados pelo governo que nunca os ouviu verdadeiramente, e que agora anuncia – pela voz do primeiro-ministro – que uma solução que desconhecem está já desenhada para destruir um pouco mais (ou então totalmente, não se sabe bem…) a segurança social pública, solidária e universal.

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Prioridades. (“Concertação social” parte 2)

Ainda o tema do salário mínimo nacional: segundo notícia avançada pela RTP, “a UGT só está disponível para negociar um aumento do salário mínimo ou um acordo de concertação social depois do fim do programa de ajustamento da ‘troika’ e das eleições europeias“. O que é notável visto que o acordo sobre salário mínimo nacional, que foi assinado por todas as organizações da chamada “concertação social”, previa o aumento do SMN para 500 euros em 2011, ou seja, leva 3 anos de atraso e incumprimento.

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“Concertação Social”.

O primeiro-ministro anuncia a menos de dois meses das eleições para o parlamento da união europeia que está disposto a discutir o aumento do salário mínimo nacional. Trata-se do mesmo primeiro-ministro que dizia estar a lixar-se para as eleições, e que há pouco mais de um ano referiu, em debate parlamentar suficientemente noticiado para ser esquecido sem mais, que o mais sensato para o combate ao desemprego seria descer o salário mínimo.

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