Prometi a mim mesmo não mais manifestar publicamente o meu regozijo pela morte de alguém cuja existência desprezei e a memória desprezo de igual forma. Trata-se de um princípio que tenciono manter, por várias razões de entre as quais destaco uma muito pessoal: creio que isso não faz de mim uma pessoa melhor, nem tão pouco penso que seja uma forma de acrescentar algo de positivo a mundo tão profundamente marcado pelo sofrimento, o ódio e a violência. Ler mais
Autor: Rui Silva
José Luís Sachs
O José Luís prestou relevantes serviços “ao mercado”: enquanto ministro, enquanto vice-presidente do PSD, enquanto homem da finança junto do governo e como elo chave no triângulo Governo – Sociedades de Advogados – Grupos Financeiros, no processo de privatizações em curso. Ler mais
Na ressaca da tempestade
Na ressaca da tempestade à qual os homens sentiram a necessidade – uma vez mais – de dar nome (“Hércules”) surgem amiúde as habituais reacções dos irresponsáveis políticos que nada de sério têm feito ao longo dos anos para minorar os estragos e o impacto deste tipo de fenómenos naturais na nossa costa. O discurso cairá em saco roto, certamente. Lembram-se de reacções do género após a calamidade – em vários sentidos – dos incêndios do verão passado? Ler mais
E o prémio do momento televisivo mais tolo de 2013 vai para…
Há momentos televisivos que colocam em especial destaque a função imbecilizante dos principais canais – generalistas, temáticos, informativos e afins – que dominam o panorama da televisão nacional e internacional.
Eleger o momento televisivo mais tolo de 2013 é tarefa árdua, sobretudo devido ao embaraço provocado pela escolha, vária e rica. Seja como for arrisco este que vos deixo. A SIC Notícias tem histórico e prestígio nesta matéria e em 2013 voltou a mostrar-se em forma. Parabéns, SIC Notícias.
1914, 100 anos depois.
2014 marcará 100 anos sobre o início da grande carnificina imperialista que foi a guerra 1914-1918, uma disputa bélica entre blocos imperiais que conduziu a Europa a uma destruição sem precedentes e vitimou milhões de seres humanos de muitas proveniências e nacionalidades, incluindo dos territórios que eram então colónias das potências em conflito. Muita água passou debaixo da ponte entre 1914 e 2014. Muitas foram as alterações e revoluções feitas e desfeitas, construídas e destruídas, impulsionadas e traídas. É assim a história da humanidade, feita de avanços e recúos, numa lógica não linear que a tanta gente custa compreender. Ler mais
Loures
O PCP tem levantado esta questão repetidas vezes, no quadro das suas propostas que visam uma redução racional e justificada das despesas do Estado: serviços que podem ser prestados por profissionais dos quadros da administração local e central não devem ser alvo de contratação externa (que é não raras vezes muitíssimo mais cara e de menor qualidade). Ler mais
“Paz social”
O cavalheiro que ocupa a relevante posição de vice-primeiro ministro de Portugal afirma, gozão, que a “paz social” é uma singularidade do chamado “ajustamento” português. Afirma-o aliás no mesmo dia em que um estudo dedicado ao tema do consumo vem apontar um cenário absolutamente evidente para quem vive o dia-a-dia do Portugal popular: “depois de pagarem todas as contas, 39% dos portugueses ficam sem dinheiro para o resto do mês“. Conheço-o (ao cenário) na primeira pessoa. Ler mais
Memória
Ainda que me cause a mais intensa repulsa, não perderei tempo lembrando caso a caso a suprema hipocrisia das declarações de circunstância daqueles que dizem hoje o contrário do que fizeram ontem a propósito de Nelson Mandela e da libertação da África do Sul do jogo fascista do Apartheid. É informação que, pelo que percebo, flui pelas redes sociais nestas horas que passam. Ler mais