Todos os artigos: Internacional

Evolução perigosa no Iémene

A situação no Iémene está em grande aceleração, ameaçando expandir-se de um conflito nacional para um guerra regional no Médio Oriente, região de grande interesse do imperialismo, representando portanto um potencial perigo para a paz não só na região mas com com efeitos globais.

O conflito nacional envolve duas frentes independentes contra o governo: uma protagonizada pelo Ansar al-Sharia (afiliado ao Al-Qaeda da Peninsula Árabe), possivelmente em aliança com o Estado Islâmico; e os houthis, grupo xiita (mais especificamente zaídi) cujo nome deriva do seu líder Hussein al-Houthi.

Ler mais

Mapas e perversidades: o imperialismo ideológico que domina a imprensa nacional.

No passado domingo comprei, creio que pela última vez nos próximos anos, a edição em papel do jornal Público. Depois de a ter folheado por três ou quatro vezes não encontrei referência alguma às manifestações que a CGTP-IN organizou em dezoito capitais de distrito. A opção de não incluir qualquer notícia sobre as acções de luta da CGTP-IN é em si mesma uma expressão da forma como o Público olha hoje o país e o mundo que pretende analisar, quer sob a forma de notías, quer sob a forma de artigos de opinião.

Ler mais

De Mossul à Babilónia: o triunfo da ignorância e da barbárie.

Totalitarismo e ignorância andam quase sempre de mãos dadas. Quando a estes se junta o mais completo e absoluto desprezo pela história de outros povos e de outras territórios  que não são compreendidos para lá dos recursos naturais que guardam, a coisa torna-se dramática, quando não criminosa.

Ler mais

Serei preso por “apologia do terrorismo”?

Não sei se vou ser preso por escrever isto. Não estou a brincar. É que eu defendo os objectivos e as acções das FARC-EP e da FPLP, entre muitas outras organizações armadas que lutam pela emancipação dos seus povos. E agora, com as propostas de lei aprovadas na semana passada em Conselho de Ministros, basta a consulta de um site para impor o estado de excepção e deter qualquer um.

Ler mais

A Venezuela será tumba de fascistas

Há muitos, muitos anos, quando já o fascismo português agonizava, a tragédia abateu-se sobre o povo chileno. A classe trabalhadora do país sul-americano havia cometido o crime de ambicionar uma vida digna e a esperança semeada pelos mil dias do governo liderado por Salvador Allende foi esmagada pela barbárie planeada em Washington e executada pelos homens de Augusto Pinochet.

Hoje, é a dignidade do povo venezuelano que tenta resistir à mira do imperialismo. As mesmas queixas sobre a falta de produtos prolongam-se em filas intermináveis que já haviam sido cantadas por Victor Jara numa canção a que chamou desabastecimento. Mais de 40 anos depois, o açambarcamento é dirigido pela orquestra da oligarquia venezuelana que afina pela pauta norte-americana.

Ler mais

Rosendo encontra-se com Vladislav, o nazi.

José Manuel Rosendo foi à Ucrânia e descobriu em Kiev uma centena de deslocados da Crimeia. Não lhe ocorreu ir à Rússia entrevistar um dos centenas de milhares de civis do Donbass que para lá se deslocaram, fugindo dos bombardeamentos das tropas da Junta de Kiev.

No meio da tal centena de deslocados, Rosendo descobriu Vladislav, um rapaz que trabalha numa sala pouco típica de um albergue de refugiados, com um retrato de Putin a servir de alvo para setas e uma bandeira em cima da secretária onde vai acompanhando a guerra pela qual anseia através das redes sociais. Rosendo falou com Vladislav, e Vladislav confessou-lhe que espera em breve integrar-se como voluntário no “Batalhão Azov”. Rosendo ouviu e reportou. Só não lhe ocorreu explicar aos telespectadores portugueses o que é o “Batalhão Azov”.

Ler mais

Tragédia grega, agora em HD

Grécia. Renegociação. Haircut. Não pagamos. Já pagamos alguma coisa. Estamos a negociar. Temos esperança num acordo. Para já não há acordo. Estamos muito perto de um acordo. Nunca obrigámos os gregos a nada. Cachecol. Cedências. Compromisso. Povo grego. Recuo. Avanço. Pode parecer estúpido o que estou a dizer. Eurogrupo. Comissão Europeia. Varoufakis. Schauble. Tsipras. Lagarde. Maria Luís. Declaração conjunta. Salário mínimo sobe. Salário mínimo não sobe. Juncker. Dijsselbloem. E por aí fora…

Ler mais

Quarenta mil milhões de razões para alimentar a guerra.

Os acontecimentos de Minsk e Debaltseve dominaram a abordagem mediática à situação da Ucrânia, num momento em que passa precisamente um ano sobre os dias finais do golpe da Praça Maidan, em Kiev. Pouco se fala, pouco se tem falado, da diminuição brutal da actividade económica no país, com uma queda do PIB bem superior àquela verificada em Portugal durante todo o período do “ajustamento” (só em 2014 a queda do PIB foi superior a 7%). Pouco se tem falado da entrada em grande do FMI neste processo de acelerado desmembramento do estado ucraniano saído do processo de auto-dissolução da URSS, no início dos anos 90 do século passado.

Ler mais