Implacável. Ainda mal arrefeceu o corpo da União Soviética e já o edifício do capitalismo europeu mostra brechas em todas as paredes: o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, que insiste em empurrar a Grécia para fora do euro à bruta, já choca com a chanceler Angela Merkel, que teima em fazer do povo helénico um engenho de escravos moderno, que por sua vez choca, aliás à guisa de todas as grandes guerras europeias, com a posição francesa, que já teme pelas consequências políticas de desligar a ficha do doente terminal, que não é a mesma da Comissão Europeia, que aposta forte num resgate usurário comparticipado por toda a UE, que choca com os interesses do capital britânico, que não quer o mesmo Euro que o Syriza deseja, que por seu turno foi partido ao meio, como as águas do Mar Vermelho, as esperanças do Bloco de Esquerda ou a coerência do Podemos, que também já veio dizer que não quer renegociar coisíssima nenhuma.
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