Autor: António Santos

A repressão no Sudão de que ninguém fala

Está em curso uma violentíssima campanha repressiva contra o Partido Comunista do Sudão, que só nas últimas duas semanas já prendeu ou fez desaparecer mais de dez dirigentes. As poucas notícias disponíveis, dão conta de que no passado dia 3 de Novembro o próprio Secretário-geral Suleiman Ali terá sido detido pela polícia numa operação contra uma tipografia do partido.

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Contra o sectarismo

Ao longo do fio ideológico do movimento comunista internacional (MCI), os desvios de esquerda e de direita contra a ciência do marxismo-leninismo correspondem invariavelmente a passos atrás na batalha das ideias que acompanham as convulsões naturais da luta de classes, varando contudo o movimento operário de crespos espinhos, por vezes com a profundidade de vários séculos.

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What every tourist should know before visiting Portugal

Although Manifesto74’s rightfully writing language is Portuguese, chances are that if you are planning to visit Portugal you most likely won’t speak a word of Portuguese. That’s why you should read this before setting foot on that airplane. With the recent boom in tourism (more than 40% in the past ten years) there’s been an increasing amount of deceitful information distorting what Portugal and Portuguese people are really about.

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A incondicional condição de António Costa

Há menos de cinco anos, António Costa dava esta entrevista. Em apenas dois minutos e com a banda sonora do Exorcista no fundo, o actual “candidato a primeiro-ministro” é peremptório:

António Costa: Eu estou impossibilitado (de ser primeiro-ministro) porque tenho um compromisso fundamental com a minha cidade. Foi isso que disse que faria, é isso que vou fazer e é assim que tudo deve continuar.

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O amor nos tempos de ébola

Esta semana, Margaret Chan, a Directora-geral da Organização Mundial de Saúde, explicou a inexistência de uma vacina contra o ébola: «uma indústria farmacêutica baseada no lucro não investe em produtos que o mercado não possa pagar».

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Outubro

Era um vez, há muito, muito tempo atrás, um país onde quem ordenava era o povo. Pode parecer impossível, mas nessa terra distante, os teatros eram gratuitos, só se trabalhava sete horas, os estudantes eram pagos para continuar a estudar e quando alguém ficava doente, havia hospitais onde não se pedia dinheiro nem seguros de saúde.

Mas esse mundo desapareceu: os teatros voltaram a ser caros, voltou a trabalhar-se doze horas por dia, os estudantes passaram a ter que se endividar para poder estudar, os hospitais voltaram a ser um privilégio dos ricos e nós, passada a vertigem bárbara dos anos noventa, voltámos a debruçarmo-nos como arqueólogos sobre as ruínas engolidas pela selva do dinheiro, querendo saber tudo sobre esse tempo, como nasceu, como viveu e como morreu.

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No Pineapple Left Behind – os videojogos ao serviço do povo

Excepções à parte, a chamada “cultura dos videojogos” sempre foi a coutada da direita marginal, um terreno ideologicamente dominado pelo sexismo, o culto da violência, o anti-comunismo e a apologia do imperialismo. À medida que esta indústria conquistou lugares nas bolsas, ultrapassando mesmo a indústria cinematográfica a nível mundial, foi atraindo o interesse e o investimento de magnatas cujas ambições políticas se reflectem nos jogos.

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Se toda a gente se juntar

O partido político do capital (PS-PPD-PSD-CDS-PP) prepara-se para nos próximos cinco anos impor ao país cortes no valor de mais sete mil milhões de euros. As vítimas: a saúde, a educação, os salários, as pensões e as reformas dos trabalhadores. Os vitimários: os banqueiros, os patrões e os latifundiários. E enquanto a economia do país dos ricos recupera, a economia do resto do país afunda-se na perpetuação dos sacrifícios e na destruição de Abril. Como dizia há meses um dirigente do PSD, o país está melhor, os portugueses é que vivem pior. Não nos esqueçamos de que não há um país mas dois, o de quem trabalha e o de quem explora e, sendo que o primeiro não precisa do segundo mas o segundo precisa do primeiro, a guerra civil (na acepção leninista) é inevitável. Daqui a dez ou a cem anos.

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