Autor: Bento

Princípios de Resistência 

Em tempos de escuridão, há sempre alguém que resiste e há sempre alguém que diz não. O fascismo foi derrotado há 51 anos, depois de 48 anos de luta revolucionária e ação militante de comunistas que deram a sua vida — muitos, de forma literal — pela libertação de Portugal e dos povos irmãos de África. Essa luta, tantas vezes invisível, foi feita de coragem, mas também de persistência silenciosa. Um trabalho paciente, de base, que foi mobilizando as massas, criando lentamente as condições objetivas para promover mudanças profundas. 

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Só mudam as moscas

“Eu vou sempre defender o direito de Israel se defender e irei garantir que Israel terá sempre a capacidade de se defender.”

“Vamos parar de matar pessoas e apelar à paz.”

Estas duas frases, proferidas durante a atual campanha norte-americana que mais parece os prémios da música da MTV, mas em versão da Wish, ilustram bem o estado da política nos Estados Unidos. A primeira, dita por Kamala Harris durante a convenção democrata, poderia perfeitamente ter sido pronunciada por Donald Trump, o autor da segunda. O oposto também seria igualmente plausível.

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Mr. Trocos

A 25 de Abril de 1974, o Movimento das Forças Armadas, coroando a longa resistência do povo português e interpretando os seus sentimentos profundos, derrubou o regime fascista.

Libertar Portugal da ditadura, da opressão e do colonialismo representou uma transformação revolucionária e o início de uma viragem histórica da sociedade portuguesa.

Carlos Moedas expressou, no passado dia 5 de outubro, a vontade de assinalar o dia 25 de novembro, o dia que consumou a contrarrevolução. O que ele não disse foi que, mais do que assinalar esta data, pretende, sim, menorizar Abril e as suas conquistas, bem como tudo aquilo que para o nosso povo representou. Os objetivos de Moedas são bem mais do que festivos, são políticos e partidários.

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Uma chamada à consciência global

A luta por ambiente ecologicamente equilibrado e sadio tem ganhado, ao longo dos últimos anos, especial atenção por parte da população e tem reunido esforços redobrados por parte de vários setores da sociedade. Porém, quando nos deparamos com a retórica ambientalista, geralmente, intrinsecamente liberal, vem muitas vezes atrelado um discurso pacifista altamente enviesado, classista e até neocolonialista. Tal é visível no que diz respeito à postura que assumem perante os conflitos globais, num dilema entre “guerra boa” e “guerra má” e, por outro lado, num paradoxo de condenação dos países menos desenvolvidos que procurem trilhar o seu caminho de desenvolvimento, quando o norte global nunca foi impedido de cometer erros pelos quais ainda hoje andamos a pagar a fatura.

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Breve apontamento sobre terrorismo português

Segundo a OMS, em 2019, cerca de mil milhões de pessoas sofriam de um transtorno mental, sendo que este número inclui 14% dos adolescentes. Em Portugal, as doenças mentais têm um peso de 22,5% no total das patologias. Num país em que 2,3 milhões de cidadãos precisam de apoio psicológico; onde as filas de espera são infindáveis e o custo de vida não é suportável por mais de metade da população portuguesa; onde a exploração e a precariedade são tradição, os setores mais reacionários de Portugal encontram terreno fértil para explorar as suas ideias e encetar planos de destruição do SNS, de aprofundamento do racismo estrutural, da xenofobia e de muitos outros e variados preconceitos e violências contra as camadas mais vulneráveis da população.

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És um dos nossos

Fonte: CNN Portugal

As tarefas no PCP, tal como nos têm vindo a transmitir, não são eternas. São sim passageiras, fruto dos tempos e das circunstâncias individuais e coletivas. A de secretário-geral do Partido dos Trabalhadores, o Partido Comunista Português, não é diferente. O Jerónimo foi e é um dos milhares de pessoas que dão braços na construção de um mundo melhor e prestou o seu melhor contributo ao Partido, antes e durante a sua tarefa. Certamente continuará a dá-lo daquela forma que só ele sabe: com seriedade, honestidade e competência.

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E se não fosse a luta?

Comecemos pelas conclusões. Muitas das vezes, são as conclusões que nos servem como ponto de partida.

No passado dia 3 de maio, o jornal Observador fazia sair uma notícia com o subtítulo: «Número de estudantes do ensino superior nunca foi tão elevado e cresceu 20% nos últimos seis anos. Mestrado é o único ciclo que não regista aumento de inscritos». Tais “factos” merecem a nossa reflexão e o nosso questionamento. Para este exercício é importante ter mente alguns pontos cruciais.

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Não tenhamos pressa

Este não é um texto grande, nem um grande texto. Afinal, não há palavras que façam jus à pessoa que Saramago foi. Mais do que uma homenagem, este texto é uma pequena ode a todos os que, gostando mais ou menos de Saramago, concordando mais ou menos com o seu pensamento ou forma de agir, olham o mundo e não o compreendem. Diria mais, a todos aqueles que, olhando o mundo, sentem crescer em si uma vontade inabalável de erguer os seus próprios destinos e que veem no próximo, no outro, no amigo ou no camarada, a companhia certa para a mudança.

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