Todos os artigos: Internacional

Os órfãos da USAid

Como afirmou o detective Lester na série The Wire, se seguirmos a droga encontraremos agarrados e traficantes, mas se começarmos a seguir o dinheiro não sabemos onde vamos acabar. Em muitos países, se procurarmos de onde vem o financiamento de certas organizações da oposição, de partidos, meios de comunicação social e ONG é provável que acabemos em Washington. 

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O mundo move-se

A tomada de posse de Trump, nos EUA fez as delícias de alguns jornalistas e comentadores, com horas de debates em que quase todos diziam o mesmo, emissões especiais e diretos intermináveis de um ritual tão fora de prazo que só resta a nata. Passado o circo, resta um mundo que se move, com a decadência dos EUA em passo acelerado, a União Europeia em modo inexistente e o resto do mundo, que já percebeu que vamos entrar numa era pós-império.

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5 razões para ir a Cuba em 2025

Ninguém devia morrer sem ter visitado Cuba. A maior ilha das Antilhas não é apenas o melhor destino de férias do mundo, é todo um outro mundo, mais humano que o nosso e, contra todas as probabilidades, possível. Toda a gente sabe que a paisagem cubana é o paraíso, mas Cuba não é só paisagem – é um povo como mais nenhum outro no mundo: culto, generoso, pacífico, talentoso; é uma nação que, apesar de agredida e bloqueada, se dedicou à saúde, à educação, às artes e à paz. Estas são as cinco principais razões para visitar Cuba em 2025. Ler mais

Pankhurst vs. Pankhurst: feminismo e luta de classes

Na luta pelo sufrágio feminino que marcou a Grã-Bretanha nas primeiras duas décadas do século XX, destacavam-se três figuras centrais: Emmeline Pankhurst, Christabel Pankhurst e Sylvia Pankhurst. Mãe e duas filhas que, a um tempo, dariam ao movimento sufragista o seu ímpeto e a sua irreversível dilaceração, espelhando, aí, a fractura social e política que, de modo paradigmático, caracterizava o contexto britânico envolvente.

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Para quando bandeiras da Dinamarca à janela?

Houve, recentemente, um presidente eleito (e quase empossado) que fez uma ameaça à integridade territorial da União Europeia. Até à data, que se saiba, ainda ninguém na União Europeia ameaçou os EUA com sanções. Fazer como fizeram e fazem com a Rússia, por exemplo, por causa de estados que nem sequer são membros da UE. Ninguém usou de discursos encrespados e insultuosos, ficando-se antes por uma tímida resposta, para não parecer muito mal, como a do ministro do exterior francês que disse «muito violentamente» que “é evidente que a UE não permitirá tal coisa”. Atendendo a que o único parceiro bélico de Bruxelas tem sido os EUA, como se defenderá a UE de uma «invasão» por parte dos EUA?

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Encruzilhada Histórica

É inegável o momento histórico que se vive, revestido por um lado de uma relativa iteração de vários processos económicos, sociais e políticos e por outro com elementos que se configuram em características ímpares, determinadas pela roda imparável das transformações das sociedades, que exigem novas reflexões e subsequentes abordagens, partindo do materialismo dialético para a sua total compreensão.

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Não se ganha uma guerra contra a Rússia

Não se ganha uma guerra contra a Rússia, da mesma forma que não se ganha uma guerra contra qualquer potência nuclear. Rússia ou China jamais se imiscuíram ou confrontaram os EUA nas guerras que as sucessivas administrações e presidentes decidiram desencadear, pelos motivos que entenderam, no Médio Oriente, nos Balcãs, na Ásia ou na América Latina. Mas os EUA e seus subordinados entenderam imiscuir-se belicamente na guerra que a Rússia decidiu fazer na Ucrânia. Na sequência de um velho conflito no Donbass e, mais recentemente, da recusa de uma proposta formal russa, de 2021, na qual Putin propunha um compromisso de não-expansão da NATO para leste, a resposta dos EUA foi então a de esticar a corda e avançar, sem medida, para um conflito tão adivinhável e destruidor quanto útil para a indústria de armamento norte-americana. Antes da calçar pantufas, Joe Biden fez questão de garantir mais um encaixe financeiro milionário. O acto arriscado da disponibilização e autorização de uso de mísseis americanos de longo alcance por parte de Zelensky, não se trata, como alguns pretendem e afirmam, de um acesso de loucura ou manifestação de insanidade de um «velho caquético». É o negócio a funcionar. Como tudo o que envolve a «política externa» dos EUA desde há décadas.

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O fascínio pela decadência do império

As eleições nos EUA são sempre um momento de agitação mediática, com comentadores e jornalistas a fazerem intermináveis edições especiais que nos explicam aquele espetáculo degradante que, desta vez quase seria entre dois loucos senis, mas foi entre um louco senil e uma representante da nova geração de líderes dos EUA, que em nada difere das gerações anteriores. Um fascínio pela decadência, fazendo de banda do Titanic enquanto o navio vai ao fundo. Os EUA continuam a ver-se como os polícias de um mundo que cada vez mais não lhes reconhece legitimidade para tal.

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