De pyrós, grego, que significa fogo. O fogo que conflagra, que arde, que queima e que se vê. E do fogo o calor, o calor vibrante da teoria consumida à letra, de fio a pavio, que apetece – apetece muito – espalhar aos quatro ventos de um feed, copiada, letra por letra, alheia aos tempos, aos modos, aos colectivos e aos espaços. O fogo da urgência que não cessa, de um ego que jamais se contém, de uma vontade férrea de ser farol na escuridão, de ser luz nas trevas, de ser salvatoris mundi! E fazê-lo desabridamente, aos olhos de todos, como projecto de vida, na magnificência de um mural de facebook, o trono dos novos tempos, onde se pavoneia a criatura em plena e definitiva majestas! Ei-lo, esse esquerdista pantocrator! O piro-esquerdista! Ou tão-somente, como lhe chamaria qualquer sábio ainda que iletrado, «o imbecil»!
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