Todos os artigos: Internacional

A Venezuela que cheira a Abril

Sobre a Venezuela, a imprensa portuguesa, em geral, dedica-se a replicar aquilo que compram às agências estrangeiras. Não é por acaso que a TVI anunciava, anteontem, que teriam caído sob as balas do governo três opositores. É mentira. Um deles chamava-se Juan Montoya e era activista na zona onde eu passava uma boa parte do tempo. O Juancho, como era conhecido, pertencia a um dos colectivos bolivarianos do bairro 23 de Enero. Morreu aos 51 anos numa esquina de Caracas quando tentava, ao que parece, defender um edifício público da violência que os protestos da oposição geraram.

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Como dois mundos

“Mas não existe só o poder; existe também uma oposição ao poder. Em Itália essa oposição é tão grande e tão forte que ela própria também é um poder: refiro-me naturalmente ao Partido Comunista Italiano(PCI). Não há dúvida de que neste momento a presença na oposição de um grande partido como o PCI é a salvação de Itália e das suas pobres instituições democráticas.

O PCI é um país limpo dentro de um país sujo, um país honesto dentro de um país desonesto, um país inteligente dentro de um país idiota, um país culto dentro de um país ignorante, um país humanista dentro de um país consumista.

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URGENTE: direita espalha violência na Venezuela

Há poucas horas, caíram dois militantes de esquerda assassinados pela direita em pleno centro de Caracas. Eram do bairro 23 de Enero e tentavam defender um edifício público que estava a ser assaltado por manifestantes de direita. Segundo informações divulgadas por diversos órgãos de comunicação social, terão sido alvejados por franco-atiradores. Até ao momento, há mais de 20 feridos. Grupos violentos estão a espalhar o terror por todo o país depois de dirigentes da direita venezuelana terem apelado à radicalização dos protestos. Há que recordar que o presidente Nicolas Maduro encetou nos últimos meses várias conversações para estabelecer um clima de paz no país e chegou a reunir com representantes da direita. Contudo, o rasto de violência que o fascismo está a deixar nas ruas da Venezuela deixa antever que a receita seguida pelo imperialismo poderá ser, provavelmente, a mesma que está a usar na Ucrânia.

Albert Einstein

(…) O capital privado tende a concentrar-se em poucas mãos, em parte por causa da concorrência entre os capitalistas e em parte porque o desenvolvimento tecnológico e a crescente divisão do trabalho encorajam a formação de unidades de produção maiores à custa de outras mais pequenas. O resultado destes desenvolvimentos é uma oligarquia de capital privado cujo enorme poder não pode ser eficazmente controlado mesmo por uma sociedade política democraticamente organizada. Isto é verdade, uma vez que os membros dos órgãos legislativos são escolhidos pelos partidos políticos, largamente financiados ou influenciados pelos capitalistas privados que, para todos os efeitos práticos, separam o eleitorado da legislatura. A consequência é que os representantes do povo não protegem suficientemente os interesses das secções sub-privilegidas da população. Além disso, nas condições existentes, os capitalistas privados controlam inevitavelmente, directa ou indirectamente, as principais fontes de informação (imprensa, rádio, educação). É assim extremamente difícil e mesmo, na maior parte dos casos, completamente impossível, para o cidadão individual, chegar a conclusões objectivas e utilizar inteligentemente os seus direitos políticos.

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País Basco: quando existir é crime

Há mais de 13 anos, numa das muitas revoltas que estouram no País Basco, por todos os motivos e mais algum, um jovem independentista foi detido e acusado de incendiar um autocarro. Com nome de rocha oceânica, Arkaitz Bellon foi encarcerado desde então. Contra a legislação europeia que exige a garantia de que cada condenado cumpra a sua pena o mais perto possível da sua residência, o Estado espanhol atirou-o para uma prisão na Andaluzia. Arkaitz Bellon resistiu a uma pena que é a todos os títulos mais dura do que as que aplicam a crimes como o da violação ou o da pederastia e resistiu aos sucessivos espancamentos por guardas prisionais. Arkaitz Bellon resistiu até esta tarde quando o corpo foi encontrado sem vida dentro da própria cela. Morreu a quatro meses de ser libertado. Tinha 36 anos.

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Indignação e tal

A Coca-Cola vai despedir 750 trabalhadores e recolocar cerca de 500, numa reestruturação – nome que agora se dá aos despedimentos – que fechará quatro das 11 fábricas da empresa em Espanha.

A empresa beneficia naquele país, com um nível de desemprego comparável ao nosso, de benefícios do Estado que rondam os 900.000 de euros. Já estamos tão habituados a ouvir falar de milhares de milhões que quando falamos só de milhões parece coisa pouca.

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4 de Fevereiro

Assinalam-se hoje, 4 de Fevereiro, os 53 anos do início da luta armada em Angola e, consequentemente, o início da guerra colonial ou guerra de libertação.

Em boa verdade, a resistência à ocupação terá começado no dia em que os portugueses pisaram o território que hoje é Angola, em 1484. Foram quase 5 séculos de conflitos permanentes: quando os portugueses perceberam que não encontravam ouro no curso do rio Cuanza resolveram explorar uma outra riqueza, a força de trabalho. Ler mais

71 anos depois, Estalinegrado!

Ontem celebraram-se 71 anos do fim do cerco nazi de 199 dias a Estalingrado. O fim do cerco foi um importantíssimo momento na 2ª Guerra Mundial, pela libertação da cidade e pelo que isso representou do ponto de vista militar, limitando a expansão nazi, e para a restante libertação que se seguiria. Não existem dados oficiais sobre o total de baixas(a dimensão da batalha não o permite), alguns calculam que a batalha tenha causado a morte ou ferimentos a 2 milhões de soldados e civis, alguns arquivos referem 1.170.000 baixas entre os soviéticos, e cerca de 850.000 baixas entre os nazis alemães e os seus aliados italianos, húngaros, romenos, croatas, espanhóis, entre outros, comandados pelo Marechal alemão Friedrich Paulus.

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