Um cidadão inglês de nome Henry Stewart e, de resto, anónimo, escreveu uma brevíssima carta ao The Guardian, em 2016. Nessa carta, avança que nunca uma mulher de burqa, hijab ou burkini lhe fizera mal, pois são os homens de fato, que condenam a economia ao colapso, arrastam milhões de pessoas para a miséria e provocam guerras desastrosas e ilegais, os responsáveis pelos males do mundo. Stewart arremata, então, sugerindo que, se queremos começar a policiar o que os outros vestem, no lugar das burqas, devíamos antes banir os fatos. É isto que o feminismo liberal, esvaziado de coerência e luta de classes, não atinge. Às feministas liberais, a burqa e o hijab causam tanto, mas tanto, transtorno que não lhes sobra tempo para se incomodarem com os homens de fato, esses que condenam a economia ao colapso, arrastam milhões de pessoas para a miséria e provocam guerras desastrosas e ilegais. O feminismo liberal refugia-se, repetidamente, no regaço do opressor e despreza as mulheres que todos os dias caem como tordos, assassinadas, amputadas, violadas e aprisionadas às ordens de homens de fato.
Feminismo-L’Oréal em tempos de guerra
