Todos os artigos: Nacional

A aposta nos comboios… que os privados hão-de fabricar

Chega a ser cada vez mais inacreditável como, à laia de pedronunosantismo e propaganda, este governo consegue aqui e ali granjear fama de «amigo dos comboios». Já aqui tínhamos recordado como, historicamente, o PS se tornou no maior carrasco da ferrovia depois de Cavaco Silva, sendo responsável directo pelos encerramentos das oficinas da EMEF de Coimbra ou da Figueira da Foz, do fecho dos ramais da Lousã, da Figueira da Foz, da Linha do Corgo, entre outros, ou como quando, em 2017, entregou de mão beijada a CP Carga ao sector privado (Medway). Vimos também como, em resultado das políticas seguidas por vários e sucessivos governos, entre 1988 e 2009, Portugal perdeu 43% dos passageiros de comboio, sendo que, nesse período, o PS governara duas vezes com António Guterres e uma com maioria absoluta de José Sócrates.

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O romance polifónico do fascismo português

Ilustração de Gonçalo Salvaterra

Um ex-ministro do fascismo, o seu filho covarde, a criada que continuadamente viola, a governanta que o venera, um veterinário pedófilo que estaciona e se baba à entrada da Escola Secundária; a filha ilegítima parida no meio da palha que nem os animais quiseram comer e entregue, depois, a uma retornada de Angola; a jovem amante em quem projecta a mulher que o abandonou, a terapeuta ocupacional que cuida de si no final da vida; uma espiral doentia de escárnio e maldizer e, como se não bastasse, muito mais. É através de uma viagem, feita pelo Lobo Antunes-psiquiatra, ao âmago da maldade e da mesquinhez de 19 personagens, que o Lobo Antunes-escritor traça o mais visceral retrato do fascismo português, sentando num divã feito banco dos réus, estas personagens fictícias e tão tenebrosamente reais, em O Manual dos Inquisidores.

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Breve apontamento sobre terrorismo português

Segundo a OMS, em 2019, cerca de mil milhões de pessoas sofriam de um transtorno mental, sendo que este número inclui 14% dos adolescentes. Em Portugal, as doenças mentais têm um peso de 22,5% no total das patologias. Num país em que 2,3 milhões de cidadãos precisam de apoio psicológico; onde as filas de espera são infindáveis e o custo de vida não é suportável por mais de metade da população portuguesa; onde a exploração e a precariedade são tradição, os setores mais reacionários de Portugal encontram terreno fértil para explorar as suas ideias e encetar planos de destruição do SNS, de aprofundamento do racismo estrutural, da xenofobia e de muitos outros e variados preconceitos e violências contra as camadas mais vulneráveis da população.

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Ou falas tu ou és calado

Todos os meses, a Marktest apresenta um gráfico com as figuras mediáticas com maior presença nos quatro canais em sinal aberto, durante os espaços de informação, ou “telejornais”, como a história da televisão nos habituou a chamar. RTP1, RTP2, SIC e TVI têm, entre eles, oito espaços de informação diária, sendo incluído, e bem, o Portugal em Direto, na RTP1. A contagem anual do tempo que cada um é reveladora do que é o panorama da informação em Portugal.

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O Estado-Galamba e a “pessoa de bem”

João Galamba tem razão: o Estado é uma pessoa de bem, a questão é que depende para quem. Se a matéria em apreço for o bónus de três milhões de euros prometido à gestora da TAP como recompensa pela privatização, então sim: o Estado honra a palavra dada. Mas se estivermos a falar dos 130 trabalhadores que asseguram o serviço de bar e refeições nos comboios da CP, então esse mesmo Estado “pessoa de bem” já não garante nada. Nem o emprego, nem o serviço público, nem sequer o salário de Janeiro, que continua por pagar.

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Contra-atacar o Império

!!!SPOILER ALERT!!! Recomendo a toda a gente que vejam Andor. Mesmo que não tenham grande interesse em Star Wars. Mesmo que nem sequer liguem muito a ficção científica. A série vale por si, independentemente do universo em que se insere. Se não se importarem com os spoilers, continuem a ler. Pode ser que aguce a curiosidade. !!!SPOILER ALERT!!!

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Dizem STOP, MAS mentem

A FENPROF votou a favor de serviços mínimos para a greve dos professores? André Pestana, Renata Cambra, Raquel Varela, entre outras figuras próximas do STOP-MAS, insinuaram que essa deliberação unânime do colégio arbitral contou com o voto favorável do representante dos trabalhadores indicado pela CGTP. Isto é mentira, e os dirigentes do STOP-MAS sabem-no.

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