Isto é genocídio – Somos todos palestinos

Na Palestina, a cada três dias uma criança é assassinada por Israel. Nunca conheceremos os seus nomes, nunca ouviremos entrevistas com os seus pais, nunca veremos as suas caras. Porque um rocket palestiniano ser interceptado pelo escudo anti-misséis é mais relevante do que a vida de uma criança ser interceptada por uma bomba inteligente. Porque as lágrimas dos palestinianos valem menos que as de um israelita.

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*o sentimento de insegurança gerado pelas autoridades policiais – filmes na estação de comboio

Este post é uma republicação de um texto não assinado que relata uma sexta, de madrugada, na Estação do Rossio, em Lisboa, retirado daqui.

Sexta-feira à noite, estação do Rossio, em Lisboa: mais uma “operação policial para identificação de pessoas suspeitas de entrada e permanência ilegal no país”(…) e “do cometimento de certos crimes.”… Um grande aparato policial junta SEF, PSP e fiscais da CP. Objectivo: controlar os passageiros, nomeadamente imigrantes, enquanto saem das carruagens um a um, verificar a identificação de todos e, já agora, o título de transporte válido. Não é a primeira, não será a última, têm vindo a aumentar. Aliás, nessa noite há, em simultâneo, operações policiais semelhantes em várias zonas da cidade e na periferia. Quantas mais se juntarmos outras cidades e outros dias?

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Da pobreza: o elefante rico e a formiga desorientada

Escrever uma história é difícil, mais difícil ainda é escrever uma boa história, daquelas que prendem desde o início, que nos fazem apaixonar pelas personagens e pelos seus trajectos. Não esquecer que uma boa história deve conter algumas mudanças inesperadas na narrativa, para ficarmos de boca aberta e com vontade de ler, ouvir ou imaginar mais. O final é o mais difícil, é aquela parte em que há quem prefira finais felizes, há quem goste de finais realistas, “porque a vida é mesmo assim”, e há quem goste de finais dramáticos, cheios de sangue, suor e lágrimas, muitas lágrimas.

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Visite Lisboa, o maior parque temático do país. *Com o gentil patrocínio da Sonae

Certamente não passaria pela cabeça de ninguém privatizar uma cidade. Cidade enquanto espaço de pessoas, de trabalho, de habitação, de convivência intergeracional. Claro que há espaços privatizados mas o conceito de transformação da cidade como um espaço, ele próprio, privado, aberto apenas a alguns, eventualmente com reserva de direito de admissão é uma ideia estranha.

Assemelhada aos tempos medievais em que a muralha defendia e isolava a povoação, com a vantagem dos portões não serem, necessariamente, uma bilheteira.

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Na vida como no instagram: o yuppie português

Olá. Se calhar ainda não me conheces, mas eu sei que queres saber o que é que eu acabei de comer. Foi isto. Já viste? Por favor vê. É importante. Está aqui. Já viste? Se não vires aqui, também podes ver em todas as redes sociais, onde as coisas que eu transformo em cocó vivem eternamente na nuvem virtual, mesmo depois do pártenon ruir e da humanidade se extinguir. O meu softcake gourmet é agora imortal.

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FARC-EP: Meio século de resistência

Há 50 anos, um grupo de 46 homens e duas mulheres resistiram às vagas sucessivas de ataques de um exército formado por milhares de soldados apoiados por carros de combate, bombardeiros da força aérea e forças norte-americanas de elite. A operação militar ordenada pelo governo conservador de Guillermo León Valencia deu lugar à épica resistência de um punhado de camponeses cuja luta é hoje acompanhada por milhares de guerrilheiros em prol do progresso e da justiça social. O primeiro combate dá-se no dia que marca a criação das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia: 27 de Maio de 1964. Sob o comando de Manuel Marulanda, Isaías Pardo e Jaime Guaracas, os combatentes conseguem superar o assédio militar e organizar em Julho desse mesmo ano uma conferência que produz um dos textos políticos fundamentais da resistência colombiana. No Programa Agrário, dirigido aos camponeses, operários, estudantes, artesãos e intelectuais revolucionários, dá-se conta da existência de um movimento insurgente, em quatro diferentes regiões, que, desde 1948, sofre a brutal repressão estatal e latifundiária.

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Notas de actualidade

Enquanto o Governo aposta no corte dos salários dos trabalhadores e nas pensões; enquanto encerra mais 330 escolas depois de o anterior governo ter encerrado 4500; enquanto privatiza tudo o que mexe; enquanto se prepara para aplicar mais medidas de austeridade e de diminuir ainda mais o investimento público e enquanto desvia do país mais de vinte milhões de euros por dia para pagar a agiotas; o PS anda entretido na novela do líder. Não só não combate, como encobre.

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