Todos os artigos: Nacional

O oásis

Pouco antes da chegada de Ventura ao Parlamento, não faltaram artigos, uns de opinião e outros de fundo, a falar de Portugal como um oásis no que respeita aos populismos representados nos parlamentos dos diversos países. Talvez tivesse sido interessante observar os períodos eleitorais de cada país e o como isso afetava a amostra. Obviamente, nem Portugal é um oásis, nem neofascistas são populistas, por um motivo simples: se fala como um fascista, se age como um fascista, se faz propostas fascistas, então, é um fascista. Começam aqui os equívocos. Ler mais

Paz social não é armistício, é rendição.

Passam setenta e cinco anos sobre a libertação dos prisioneiros do campo de concentração nazi de Auschwitz. Foi quando o Exército Vermelho, vitorioso e caminhando sobre o Ocidente pela Polónia abriu os portões de Auschwitz que os sete mil e quinhentos últimos sobreviventes viram que o seu futuro não seria o crematório. Não sem que antes mais de um milhão de prisioneiros ali terem sido assassinados das formas mais bárbaras pelo capitalismo nazista. Ler mais

Outra vez arroz?

Pá, eu queria dizer-te isto de mansinho, mas não dá. Não dá! Se tu olhas para uma mulher com a cara toda esmurrada e começas logo a procurar justificar aquilo que lhe aconteceu, desculpando quem lhe fez aquilo, és uma besta. Ler mais

Género só há um. O humano e mais nenhum!

Depois do artigo de António Santos num jornal online sobre a chamada política identitária e sobre a utilização de marcas identitárias por parte da classe dominante para a atomização das massas e para a limitação das suas convergência, sinto-me desafiado a deixar um contributo sobre uma não menos questão dos movimentos que, um pouco por todo o mundo, vão tomando o espaço de um feminismo de classe, ocultando as reais questões que dividem no contexto capitalista o homem e a mulher. Ler mais

A vaidade de Centeno: um insulto ao país

Ser o «bom aluno» da Europa, ter o rótulo de «cumpridor», receber elogios do Banco Central Europeu, é (quase) tudo para isto. Chamaram-lhe o «Cristiano Ronaldo das Finanças» e ele adorou. Centeno não cabe em si de vaidade, e na ânsia de uma ainda maior dose de alimento para o ego, já não olha a meios para agradar a «soberanos». É também isto explica que, sem qualquer tipo de necessidade acrescida, o Orçamento do Estado para o próximo ano consagre mais impostos, menos poder de compra, mais injustiça social, menos equilíbrio salarial, escasso investimento público e um continuado fechar de olhos à especulação ou à sobreacumulação de capitais. É vaidade e é também pura e dura ideologia. O PS fez hoje, como sempre, uma opção política. O PS não escolheu o país. O PS escolheu a UE. Sem nenhuma surpresa, o PS escolheu o capital. Ler mais

A Sonsa Sina de Ser-se Santos Silva

Calma Augusto, que amanhã acordas cedo. Pensa na cascata, pá. Imagina a água fria a rir por entre as pedrinhas… um gajo imagina a cascata fica logo mais relaxado. Não penses mais na Bolívia, Augusto! Esquece o Chile! Que se lixe o Equador! O que é que tu tens a ver com a Palestina? Vá, dorme sossegado… visualiza a puta da cascata. Ler mais

Uma bala é uma bala

Eu tinha acabado de chegar à rádio quando a emissão foi interrompida por uma mensagem urgente de Hugo Chávez ao país. Os acontecimentos sucediam-se em catadupa e a sensação era de que a história não era apenas uma disciplina mas algo que caminhava em cima dos ombros daquela gente. Nos bairros chiques da parte oriental de Caracas, os ricos sabiam pela primeira vez o que era ter insónias e insinuavam que as empregadas domésticas eram agentes chavistas. Ler mais