Todos os artigos: Nacional

A liberdade é uma maluca

Confesso que gostava de ser tão cool e fresco que esta polémica com a Associação de Estudantes da FCSH e um grupo de fascistas me passasse ao lado. Que se resolvesse com um post no Facebook ou um tuíte a citar Voltaire – mesmo com uma frase que não é de Voltaire – e à sua defesa do direito de o outro poder manifestar a sua opinião, porque é assim em democracia. Há, no entanto, vários equívocos ao longo de todo este processo, que é só mais um na caminhada lenta mas que segue em passo certo para o branqueamento do que foi o salazarismo, à semelhança do que sucedeu no que respeita ao nazismo e ao fascismo.

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Dia Internacional da Mulher Trabalhadora

Comemora-se hoje o 8 de Março, Dia Internacional da Mulher. Fiz uso no título original desta data— Dia Internacional da Mulher Trabalhadora — pois é bom recordar que esta comemoração, iniciada em 1909, teve a sua origem no seguimento de lutas laborais das mulheres e foi impulsionada por mulheres socialistas, como Clara Zetkin e Alexandra Kollontai, como um dia de luta por melhores condições de vida e trabalho das mulheres, pelo direito de voto, pela igualdade entre homens e mulheres, e pelo socialismo.

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Off-Shores – a sangria contínua

Já não recordo o dia, mas durante uma das audições da Comissão de Inquérito à gestão do Banco Espírito Santo e do Grupo Espírito Santo, quando confrontado com perguntas sobre o recurso a advogados para operações de “engenharia fiscal” e uso de contas e empresas fictícias sedeadas em paraísos fiscais off-shore, o banqueiro que estava sentado como depoente responde à pergunta: “e são normais honorários desta ordem?” (julgo que tinham sido 5 milhões pagos à sociedade em que trabalhava Ana Bruno – advogada) – da seguinte forma: “se pagámos esses honorários à advogada é porque ela nos fez poupar muito mais em despesas fiscais.” A citação é feita de memória, mas anda perto das palavras utilizadas.

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Da Amnésia da JSD Lisboa

Comecemos por fazer uma citação: “Quando um país enfrenta um nível elevado de desemprego, a medida mais sensata que se pode tomar [sobre a subida do Salário Mínimo Nacional] é exactamente a oposta” – Pedro Passos Coelho, 6 de Março de 2013. Sim, esse mesmo Pedro Passos Coelho. O líder do partido que está no canto inferior direito do cartaz que se queixa… dos baixos salários. O governante que, nos últimos anos, mais atacou os salários dos portugueses, mais agravou os impostos sobre os rendimentos do trabalho, mais desprezou a situação social dos jovens do país, que mais os insultou e apoucou convidando-os a emigrar ou a aproveitar as “oportunidades” do desemprego!

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Veneno de Ferrão

O eurodeputado e candidato à Câmara Municipal de Lisboa, João Ferreira, desafiou a SIC e o seu sub-director, Bernardo Ferrão, a encontrar nos arquivos um pedido de demissão de um ministro por parte do PCP. Foi depois do tom de gozo usado pelo jornalista, no Jornal da Noite da SIC, num comentário ao caso Centeno, ladeado pelo sempre informado, imparcial e isento José Gomes Ferreira, em que afirmava que, noutra altura qualquer, “o PCP já estaria a pedir a demissão do ministro”. A resposta ao desafio de João Ferreira surgiu em forma de vídeo, onde são apontados casos em que o PCP pede não a demissão de um ministro, mas sim de um governo; ou de ministros que integraram governos cuja demissão era exigida pelo PCP.

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Arrume a sua inteligência: o Observador tem um artigo para si

Por que razão nos espanta ainda o Observador? Por que motivo nos abalançamos ainda, cheios de pasmo ou indignação, sobre “conteúdos” que nem sabemos muito bem se na verdade são escritos se vomitados? Lamento, mas não tenho resposta. Sei que me senti hoje particularmente “brindado” com a partilha ostensiva de um artigo que é meio textual e meio fotográfico e cujo título efectivamente promete: «Arrume os livros de História. Há 20 factos históricos que não nos ensinam na escola».

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O João Miguel Tavares devia receber o salário mínimo

Devia haver um dispositivo de choque nos dedos de cada vez que se escrevem mentiras nos jornais. Mas pior do que mentira é a ignorância abissal que grassa nos textos de João Miguel Tavares. Aliás, mais do que ignorância, burrice. Em primeiro lugar porque não sabe o que é valor líquido e valor bruto. Em segundo lugar porque percebe zero de salários. Em terceiro lugar porque nunca deve ter visto um recibo de vencimento na vida. Em quarto lugar porque a ignorância é mesmo muito, muito atrevida. E este senhor devia ter vergonha na cara por se atrever a escrever tantos disparates juntos.

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