E: empregador

E: empregador

Ao substituir “patrão” por “empregador”, o capital pretende mais do que esconder o conflito entre as classes e diluir a carga histórica e política das palavras: o principal propósito aqui é mostrar a exploração como uma inevitabilidade económica. “Se os empregadores não criassem empregos, não havia trabalhadores” é a conclusão a que chega quem aceitar este termo.

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D: democracia e ditadura

D: democracia e ditadura

A democracia, na sua raiz etimológica, refere-se simplesmente ao “poder do povo”. Os que, nos dias que correm, usam a palavra como sinónimo de capitalismo não estão interessados no poder, participação e decisão do povo. A sua única preocupação é a legitimação do poder da classe dominante por via de eleições.

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C: colaborador

C: colaborador

Se “trabalhador” quisesse dizer a mesma coisa que “colaborador” não tinham inventado esta última palavra. Não há “código da colaboração”, “horário de colaboração”, “Ministério da Colaboração” nem querem que “colaboremos mais horas” porque não há colaboração nenhuma. Há pessoas que vendem a sua força de trabalho e pessoas que a compram por um valor. Por isso, faz tanto sentido chamar colaborador a um trabalhador como ao cliente de uma loja. Se patrão e trabalhador colaborassem verdadeiramente, os lucros seriam colaborativamente distribuídos.

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B: Bill Gates

B: Bil Gates

Talvez por usarmos os seus produtos todos os dias, a canonização de Bill Gates como paradigma do capitalista empreendedor que merece ser bilionário pode parecer inquestionável. Afinal, se ele criou a Microsoft porque é que a Microsoft não pode ser dele? Mais! Sem a promessa de um dia poder ser muito rico, provavelmente Bill Gates não teria criado nada e ainda estaríamos agora a usar máquinas de escrever.

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A: apropriação cultural

A: Apropriação Cultural

Tudo é cultura e toda a cultura é apropriada, pelo que não pode nem deve ser considerada propriedade de ninguém. Não há culturas “autênticas” nem muito menos “puras”: esse é um mito da extrema-direita. Os portugueses são culturalmente berberes, árabes, fenícios, romanos, franceses, ingleses, visigóticos, gregos e bantus. O multi-culturalismo é, portanto, a antítese da apropriação cultural.

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O Sapateiro, o Rabecão e a Idade das Trevas

A Idade Média foi ganhando o timbre de ser ou ter sido a «idade das trevas». Mas essa fama tem sido já competentemente contraditada pela historiografia séria. Sucede, pois, que esse epíteto, outrora imaginado sobretudo por aqueles que viam na ausência de cristianismo o caos da civilização, é muito mais válido nos tempos actuais do que em qualquer outro período da história até aqui conhecida. A negação da ciência e do método científico em níveis estratosféricos;  a ascensão meteórica do «oculto» e do «inexplicável» como razões, princípios e fins, em si mesmos; o triunfo mediático da dúvida insincera baseada não na vontade de saber, mas no propósito de estabelecer uma correspondência com a crença ou a convicção interior; a assunção de que «todos nos estão a enganar» e há «interesses instalados» nas mensagens e ideias veiculadas pela ciência, suposição essa que, curiosamente ou nem tanto, nunca é colocada no âmbito do poder financeiro (que efectivamente engana e que efectivamente controla tudo e todos).

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Mensagem da resistência palestiniana ao mundo

Fayez Badawi, representante na Europa da Frente Popular de Libertação da Palestina, agradece a solidariedade internacionalista com a luta dos palestinianos e reafirma o direito do seu povo a resistir à ocupação.

#PalestinaLivre

Mas, afinal, o que se passa na Palestina?

Hoje, Israel decidiu que a Rahaf, de seis anos, e 18 outras crianças palestinianas, já não voltam mais à escola. Acabaram mortas debaixo de bombardeamentos em Gaza. Israel não é um país. É uma máquina de matar. A Palestina não tem força aérea, nem marinha de guerra, nem exército. Trata-se de um genocídio. Aqui fica uma breve explicação do que é o inferno em que vivem os palestinianos debaixo da ocupação de Israel.

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