Todos os artigos: Internacional

Memória (duas notas)

Um dos sinais de que o tempo meu, aquele que dedico às coisas minhas, anda reduzido a quase nada é a acumulação de “Avantes” que vou conseguindo numa das divisórias da mochila. Todas as quintas-feiras compro o meu exemplar mas nem todas as semanas o leio.

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Os 40 segundos que abalaram o mundo do futebol

O sportYou faz capa com uma citação de Che Guevara para ilustrar o protesto dos jogadores do Racing Santander, da terceira divisão espanhola, com cinco meses de salários em atraso.

Os jogadores entraram em campo e, após o apito inicial, juntaram-se em torno no centro de relvado, abraçados, enquanto os jogadores da Real Sociedad trocavam a bola. Foram 40 segundos que, se os adeptos quiserem, podem ter mudado o mundo do futebol.

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Alerta Anti-Fascista.

A emergência, de tempos a tempos, de organizações políticas e paramilitares da extrema-direita (fascistas, nazis e outras expressões do ódio e da violência de classe organizada) não se faz à margem do sistema, perante a surpresa ou fora do âmbito de acção e influência dos poderes que imperam na actual conjuntura.

Pelo contrário: a extrema-direita emerge como e quando o fenómeno interessa, quando se reveste de utilidade concreta, à burguesia e aos mecanismos de dominação, opressão e controlo que foi desenvolvendo e estuturando. Chamem-se “mercados”, União Europeia ou outra coisa qualquer.

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As cores da CIA, as cores do império… a farsa mal disfarçada.

Um olhar atento sobre o que se está a passar na Ucrânia permite perceber facilmente a enorme diferença entre os primeiros protestos(ou a forma como estes foram noticiados) e a realidade presente nas declarações e imagens que nos chegam por estes dias. Se ao início os protestantes(ou a sua direcção política) eram “pro-UE”, “pacíficos” ou mesmo até “defensores dos direitos humanos”, claramente hoje já não disfarçam o seu cariz abertamente violento e fascista. O discurso pro-UE foi-se substituindo por uma narrativa e uma acção que corresponde a este cariz.

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Românticos

“A cidade vive uma das suas noites de Inverno, sem suspeitar do drama que vai rebentar: e não só Moscovo, mas Paris, Nova Iorque, e Istambul, e Singapura, e Pequim, todas as cidades do mundo inteiro o ignoram ainda. Todas continuam a viver a sua vida, umas em plena luz, outras ainda no alvorecer, e noutras sente-se já o calor do meio-dia, todas com as suas preocupações, as suas alegrias, as suas esperanças, os seus desgostos, os seus automóveis, os seus fiacres e os seus riquexós, e as suas fábricas e as suas lojas e as suas casas de pedra ou de madeira, e todas essas pessoas que vão para o trabalho ou que voltam para casa, ou passeiam, ou estão sentadas nos cafés, ou se beijam nos parques ou enchem os cinemas, e os que nascem, e os que morrem. Salvo algumas pessoas na Terra, ninguém ainda sabe a notícia que vai abalar o mundo. Ler mais

“Deixai que o verme se junte aos vermes”

Prometi a mim mesmo não mais manifestar publicamente o meu regozijo pela morte de alguém cuja existência desprezei e a memória desprezo de igual forma. Trata-se de um princípio que tenciono manter, por várias razões de entre as quais destaco uma muito pessoal: creio que isso não faz de mim uma pessoa melhor, nem tão pouco penso que seja uma forma de acrescentar algo de positivo a mundo tão profundamente marcado pelo sofrimento, o ódio e a violência. Ler mais

Não há tom suficientemente escuro para contar esta página da História

Em 10 de Maio de 1941, logo após a entrada em Zagreb das tropas nazis de Hitler, nasce o NDH(Nezavisna Drzava Hrvatska), o Estado Independente da Croácia, liderado por Ante Pavelic. Este Estado que englobava a totalidade da actual Bósnia-Herzegovina e praticamente toda a actual Croácia, seria tutelado a Norte pela Alemanha nazi e a Sul pela Itália fascista. Obedecendo politicamente, tal como na Alemanha nazi, ao princípio de um Fuhrer, sendo este por sua vez subordinado ao próprio Adolf Hitler.

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