Cresci num bairro operário da Amadora. O meu vizinho do lado era padeiro, o de baixo era mecânico e o do outro lado era carpinteiro. Nunca tive problemas com as autoridades. Quando era miúdo e passava pela rua que dava para a pastelaria Elvina, na Amadora, havia uma frase na parede que me intrigava: “Se a polícia nos protege, quem é nos protege da polícia? Mas aquilo não dizia nada à minha existência diária. Remetia-me antes para as realidades ficcionadas que vivia quando ficava a ler na marquise da minha avó. A repressão era algo que só existia nos livros do Zola ou do Emilio Salgari. Ler mais
Foi nos Estados Unidos mas podia ter sido na Amadora
