Todos os artigos: Nacional

Há quem diga que a luta não vale nada, que está gasta!

Retirado daqui.

“O Secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, anunciou esta terça feira na Comissão Parlamentar de Cultura que a Proposta de Lei do governo que visava a criação de um Estatuto do Bailarino da CNB não será entregue na Assembleia da República. Este anúncio surge depois do pré-aviso de greve entregue ontem pelo CENA e que foi aprovado por esmagadora maioria em plenário de emergência dos trabalhadores da CNB.

Por agora, e porque já durante este processo a palavra dada pelo gabinete do SEC não foi cumprida, o pré-aviso mantém-se válido. Assim que se confirme que esta proposta não avança, será natural que a greve seja desconvocada.

Ler mais

Não, a corrida não é entre Passos e Costa

Pára tudo! Há um anúncio na SIC a repetir, ad nauseam, que dentro de semanas, vamos ter eleições para «escolher o próximo primeiro-ministro», acrescentando, depois, que «a escolha é entre António Costa e Pedro Passos Coelho». Eis pois, a perquirição que se impõe aos dignos chefes da estação de Carnaxide: está tudo maluco? É que não só não há eleições «para primeiro-ministro» como, salvo erro, PSD/CDS e PS não são as únicas opções.

Ler mais

Bailarinos da CNB em greve!

Desde que sou gente que ouço dizer que os bailarinos estão em luta por um estatuto profissional próprio que reconheça as suas especificidades, principalmente ao nível físico, já que como é fácil de entender, o corpo de um bailarino de 40 anos que começou a dançar aos 6, já não tem as mesmas condições do que tinha aos 20 anos e, como tal, já não pode desempenhar as suas funções da mesma forma. Já para não falar das lesões. No fundo um corpo de bailarino não é muito diferente do corpo de um atleta de alta competição, a diferença é apenas a sua aplicação.

Ler mais

Desemprego hipnótico

Agora vais esquecer-te da realidade e deixar-te embalar pela minha voz. A cada palavra e a cada número, vais sentir-te descer, cada vez mais relaxado e sonolento até chegares a uma versão de Portugal em que o desemprego está a baixar. Agora vou contar de um a cinco. Quando chegar ao número cinco, vais entrar na realidade virtual do governo PSD-CDS-PP.

Ler mais

A privatização da TAP dá-me vómitos

Dezenas de passageiros protestam contra privatização da TAP em voo da companhia entre Bruxelas e o Porto. Nos sacos de enjoo, escreveram “A privatização da TAP dá-me vómitos”.

Em terra ou no ar, defende o que é nosso. Corre com este governo!

Ser escritora no país da austeridade, por Ana Margarida de Carvalho

Escrever em tempos de cóleras e outras pestilências

Parece que, na Grécia antiga, ir ao teatro era tão importante como um dever de cidadania. Por isso o estado atribuía subsídios para que ninguém faltasse. Dizia-se que os professores ensinam as crianças e os poetas os adultos.

Hoje o Estado facilita imenso o estado a que isto chegou. Esta tendência para a carneirada, para o seguidismo, esta cultura do facilzinho, da imitação, da repetição, da réplica, da náusea, da recapitulação, do volta atrás e toca o mesmo, do lugar-comum, do óbvio, do estafado, das descobertas da pólvora…

Ler mais

“A TAP vale o que derem por ela!”

Tal afirmação pertence a Sérgio Silva Monteiro e poderia passar despercebida na alarvidade discursiva da cartilha neoliberal dominante na nossa sociedade (juntamente com afirmações idênticas sobre a “venda” do Novo Banco por Stock da Cunha) não fosse este senhor o Secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações. Não entrando na eficácia desta maravilhosa técnica de vendas (só imagino os compradores a esfregarem as mãos de contentes!) assunto sobre o qual pouco me interesso, não deixo de ler na afirmação o lema da economia política vigente do actual governo.

Ler mais

Da (Ca)vacaria ao curral das comendas

Parece que o costureiro da nossa cavacal primeira-dama, Carlos Gil, foi ontem condecorado com a comenda de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique. Confesso que não percebo muito de comendas. Mas a verdade é que uma pesquisa pelo site da Presidência me leva a ficar a saber que a “Ordem do Infante D. Henrique destina-se a distinguir quem houver
prestado serviços relevantes a Portugal, no País e no estrangeiro, assim como serviços na expansão da cultura portuguesa ou para conhecimento de Portugal, da sua História e dos seus valores”. Não vamos entrar pelo caminho frágil de discutir a expansão da nossa cultura que é levada a cabo pela Maria Cavaca. Bem sabemos que, em grande parte, as distinções presidenciais deste tipo têm critérios subjectivos e são muitas vezes arbitrárias. Mais ou menos como se escolhe a vaca para abate. Narciso Miranda é comendador, por exemplo.

Ler mais