Todos os artigos: Nacional

Viraram tanto «à esquerda» que…

No passado sábado, ao discursar no encerramento da XI Assembleia da Organização Regional do Porto do PCP, Jerónimo de Sousa sublinhou que só fala em “viragem à esquerda” quem de facto tem “andado pela direita”. Pois bem, depois do encontro fraterno de hoje de Passos e Costa, só não se pode dizer que “caiu a máscara” a este PS, pela simples razão de que essa máscara nem sequer chegou a ser colocada.

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Um conglomerado que abre brechas

Em Geologia, um conglomerado é uma tipologia de rocha sedimentar, que se caracteriza por ser o resultado da consolidação de sedimentos de origem e granulometria variada, geralmente rolados, unidos por um cimento. Uma brecha é uma rocha sedimentar semelhante, sendo que os clastos são, ao invés de rolados, angulosos. Pois, estão todos a pensar o mesmo que eu: a brecha da Arrábida é um conglomerado!

Sim, é.

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Sócrates na prisão

«O sistema vive da cobardia dos políticos, da cumplicidade de alguns jornalistas, do cinismo dos professores de Direito e do desprezo que as pessoas decentes têm por tudo isto” (…)”Prende-se principalmente para despersonalizar. Não, já não és um cidadão face às instituições, és um “recluso” que enfrenta as “autoridades”: a tua palavra já não vale o mesmo que a nossa. Mais do que tudo – prende-se para calar”»

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A grande mentira de Costa

«É preciso avisar toda a gente. Dar notícia, informar, prevenir.» Luís Cília pede mais flores, avisa que por cada flor estrangulada, milhares de sementes estarão por florir. No caso de Costa e deste perigoso PS, é preciso avisar toda a gente, relembrar e prevenir: a semente está podre, nada há a florir.

Costa no seu discurso de encerramento disse que falaria às famílias, aos mais jovens, aos idosos. Faz-se rodear dos seus «amigos» de confiança, os mesmos que já foram titulares de pastas ministeriais ou de secretarias de Estado como Fernando Medina ou Vieira da Silva. E, de repente, o contador volta a zero e o PS nunca foi governo.

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A habitual falácia do PS

Sempre que ao longo da história da democracia o PS quis substituir o PSD no poder, a estratégia foi sempre a mesma. Falar «à esquerda», exortar a esquerda a compromissos, mostrar vontade de coligações, intenção de propor acordos, de formação de maiorias, estabelecer concertações, mostrar que «agora é que vai ser de esquerda» e que vai ser diferente dos governos PSD/CDS. No período pré-eleitoral a disponibilidade foi sempre a melhor, a abertura a «entendimentos» foi sempre total. Contudo, em retrospectiva, uma coisa foi o discurso antes de eleições, outra coisa foi a sua prática depois de chegar ao poder. Foi sempre assim. Com Costa, já se percebeu, não só não está a ser diferente, como se prevê que vá terminar exactamente da mesma forma. 

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Cultura e preconceito

“Não é pelo preço dos bilhetes que os portugueses não consomem cultura – não o fazem porque não são cultos, porque a escola não os educa para a cultura. Ninguém regateia o preço de um bilhete de futebol, de um concerto rock ou de um gin no Bairro Alto…”. A afirmação pertence a António Filipe Pimentel, o director do Museu Nacional de Arte Antiga, em entrevista ao Público de 2 de Novembro.

Dissecarei agora estas afirmações e sobre elas tecerei os meus comentários.

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O Estado não é teu pai.

As garantias pessoais do Estado, garantias soberanas, são dadas sobre um determinado compromisso assumido entre terceiros.

É natural que um Estado possa dar garantias pessoais a empréstimos bancários para um investimento público, para uma necessidade incontornável da economia de um país, mas é estranho que seja o Estado a avalizar e a ser fiador de um negócio de milhões onde o retorno não é seguro e o lucro é estritamente privado. Os mesmos que ajoelham ao altar do empreendedorismo, clamam pela esplendorosa iniciativa privada e maldizem o tamanho do Estado, são afinal os que só se endividam porque o próprio estado lhes serve de fiador.

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Quando a corja topa da janela

Para além de entronizar António Costa como Mário Soares reencarnado e novo faraó do partido, todo o congresso do PS foi jogos de luzes, teatros de sombras e sinais de fumo. Um rolar em falso sobre a política para dar uma cambalhota populista e acabar estatelado no marketing. Afinal, o poder não espera sentado. Sócrates ainda mal chegou a Évora e, como dizia o Zeca, já a corja topa da janela.

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