Todos os artigos: Nacional

Um conglomerado que abre brechas

Em Geologia, um conglomerado é uma tipologia de rocha sedimentar, que se caracteriza por ser o resultado da consolidação de sedimentos de origem e granulometria variada, geralmente rolados, unidos por um cimento. Uma brecha é uma rocha sedimentar semelhante, sendo que os clastos são, ao invés de rolados, angulosos. Pois, estão todos a pensar o mesmo que eu: a brecha da Arrábida é um conglomerado!

Sim, é.

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Sócrates na prisão

«O sistema vive da cobardia dos políticos, da cumplicidade de alguns jornalistas, do cinismo dos professores de Direito e do desprezo que as pessoas decentes têm por tudo isto” (…)”Prende-se principalmente para despersonalizar. Não, já não és um cidadão face às instituições, és um “recluso” que enfrenta as “autoridades”: a tua palavra já não vale o mesmo que a nossa. Mais do que tudo – prende-se para calar”»

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A grande mentira de Costa

«É preciso avisar toda a gente. Dar notícia, informar, prevenir.» Luís Cília pede mais flores, avisa que por cada flor estrangulada, milhares de sementes estarão por florir. No caso de Costa e deste perigoso PS, é preciso avisar toda a gente, relembrar e prevenir: a semente está podre, nada há a florir.

Costa no seu discurso de encerramento disse que falaria às famílias, aos mais jovens, aos idosos. Faz-se rodear dos seus «amigos» de confiança, os mesmos que já foram titulares de pastas ministeriais ou de secretarias de Estado como Fernando Medina ou Vieira da Silva. E, de repente, o contador volta a zero e o PS nunca foi governo.

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A habitual falácia do PS

Sempre que ao longo da história da democracia o PS quis substituir o PSD no poder, a estratégia foi sempre a mesma. Falar «à esquerda», exortar a esquerda a compromissos, mostrar vontade de coligações, intenção de propor acordos, de formação de maiorias, estabelecer concertações, mostrar que «agora é que vai ser de esquerda» e que vai ser diferente dos governos PSD/CDS. No período pré-eleitoral a disponibilidade foi sempre a melhor, a abertura a «entendimentos» foi sempre total. Contudo, em retrospectiva, uma coisa foi o discurso antes de eleições, outra coisa foi a sua prática depois de chegar ao poder. Foi sempre assim. Com Costa, já se percebeu, não só não está a ser diferente, como se prevê que vá terminar exactamente da mesma forma. 

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Cultura e preconceito

“Não é pelo preço dos bilhetes que os portugueses não consomem cultura – não o fazem porque não são cultos, porque a escola não os educa para a cultura. Ninguém regateia o preço de um bilhete de futebol, de um concerto rock ou de um gin no Bairro Alto…”. A afirmação pertence a António Filipe Pimentel, o director do Museu Nacional de Arte Antiga, em entrevista ao Público de 2 de Novembro.

Dissecarei agora estas afirmações e sobre elas tecerei os meus comentários.

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O Estado não é teu pai.

As garantias pessoais do Estado, garantias soberanas, são dadas sobre um determinado compromisso assumido entre terceiros.

É natural que um Estado possa dar garantias pessoais a empréstimos bancários para um investimento público, para uma necessidade incontornável da economia de um país, mas é estranho que seja o Estado a avalizar e a ser fiador de um negócio de milhões onde o retorno não é seguro e o lucro é estritamente privado. Os mesmos que ajoelham ao altar do empreendedorismo, clamam pela esplendorosa iniciativa privada e maldizem o tamanho do Estado, são afinal os que só se endividam porque o próprio estado lhes serve de fiador.

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Quando a corja topa da janela

Para além de entronizar António Costa como Mário Soares reencarnado e novo faraó do partido, todo o congresso do PS foi jogos de luzes, teatros de sombras e sinais de fumo. Um rolar em falso sobre a política para dar uma cambalhota populista e acabar estatelado no marketing. Afinal, o poder não espera sentado. Sócrates ainda mal chegou a Évora e, como dizia o Zeca, já a corja topa da janela.

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Porque tens umas imparidades tão grandes, Banco Espírito Santo?

Como funcionam as imparidades de crédito na banca nacional e porque é que o sistema financeiro português colapsou?

As imparidades de crédito são traduzidas numa percentagem e consistem na estimativa de crédito irrecuperável. Os bancos privados têm os seus próprios mecanismos de calcular o risco de cada crédito que concedem e tudo isso é, não só legal, como feito com a chancela das instituições, como se viu nos últimos seis anos em Portugal.

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