Quando a corja topa da janela

Para além de entronizar António Costa como Mário Soares reencarnado e novo faraó do partido, todo o congresso do PS foi jogos de luzes, teatros de sombras e sinais de fumo. Um rolar em falso sobre a política para dar uma cambalhota populista e acabar estatelado no marketing. Afinal, o poder não espera sentado. Sócrates ainda mal chegou a Évora e, como dizia o Zeca, já a corja topa da janela.

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Porque tens umas imparidades tão grandes, Banco Espírito Santo?

Como funcionam as imparidades de crédito na banca nacional e porque é que o sistema financeiro português colapsou?

As imparidades de crédito são traduzidas numa percentagem e consistem na estimativa de crédito irrecuperável. Os bancos privados têm os seus próprios mecanismos de calcular o risco de cada crédito que concedem e tudo isso é, não só legal, como feito com a chancela das instituições, como se viu nos últimos seis anos em Portugal.

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O que não querem que se saiba acerca da corrupção

Há quem duvide de que não há um só banqueiro ou administrador de um grande grupo económico que não tenha o contacto de autarcas, deputados, ministros, primeiro-ministros e chefes-de-Estado nas agendas dos seus telemóveis? Há quem duvide de que a maioria dos escritórios de advogados em que trabalha uma parte dos deputados que exerce essa profissão não sobreviveria sem as empreitadas que os principais bancos e empresas lhes oferecem a troco de determinadas decisões políticas? Num Estado democrático, não pode ser normal que um ministro das Obras Públicas acabe como administrador da maior empresa de construção do país e também não pode ser normal que um administrador de uma companhia de seguros de saúde acabe como ministro da Saúde.

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Mota Soares, o exterminador dos direitos sociais

O processo liquidação que Mota Soares há muito iniciou contra a Segurança Social tem passado pelos pingos da chuva. Medida atrás de medida, o sistema público e universal de Segurança Social tem vindo a ser destruído através da imposição de medidas restritivas de acesso às prestações sociais, de fiscalização pidesca de quem as recebe (como se todos se tratassem de criminosos) e do encerramento de serviços por todo o país.

Agora, Mota Soares quer ser o protagonista do maior despedimento colectivo na Administração Pública de sempre: 697 trabalhadores do Instituto de Segurança Social estão em risco de perder o seu trabalho.

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O «Barómetro» Sócrates

«Agora é que se vai ver se esta Justiça é uma Justiça a sério». «Agora é que a Justiça vai mostrar se é mesmo democrática e independente». «Ou ele é culpado e condenado, ou os tribunais não valem nada». «Se há este circo todo e depois nada se prova, a nossa Justiça perderá todo o crédito». Variáveis destas frases, declarações mais ou menos semelhantes, textos mais ou menos explícitos têm repetido esta ideia central: a detenção de Sócrates não é somente um caso de uma alta figura na Justiça portuguesa; muito mais que isso, configura-se como um autêntico «barómetro» que vai «medir», «avaliar», «qualificar» a Justiça que vigora em Portugal. Há quem vá um pouco mais longe e afirme, com todas as letras, que a sentença vai «pôr à prova» o próprio «regime democrático», «o Estado», «as Instituições», «a democracia». Descontando o que é apenas produto do delírio quase religioso da velha entourage socrática, acontecendo isto num país que é governado há três anos por um governo que tem como prática ‘normal’ cometer sucessivos, reiterados e assumidos atentados à Constituição da República, que é só a Lei Fundamental, só por brincadeira é que se pode achar que é este «caso Sócrates» que vai «medir» a «qualidade» da nossa Justiça, das instituições ou da nossa democracia. Ou é fanatismo ou é humor. Como fanatismo é deplorável e doentio; como humor é um autêntico fracasso.

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Dos pactos de regime (capitalista) à liquidação do regime (democrático)

A 25 de Novembro de 2013, nasceu o Manifesto74, forjado em Outubro, inspirado em Abril. Faz um ano.

A 25 de Novembro de 1975, tentaram enterrar Outubro e matar Abril. Ganharam a batalha, a luta continua. Enquanto um trabalhador for explorado em Portugal, o socialismo continuará a ser o horizonte desta pátria que, lutando contra os ventos que sopram do passado, tem os olhos postos no futuro.

A 25 de Novembro de 2014, o Governo liquidatário da República, aprova no Parlamento – com o alinhamento do seu braço parlamentar PSD/CDS – o orçamento do estado para o ano de 2015. Da troika ocupante que parece ter ido mas não foi, à troika doméstica que por cá continua, as opções e imposições contidas no documento, merecem total apoio, pesem as manobras do P”S” para se fingir de fora dos acordos de regime.

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Factos sobre as subvenções vitalícias

1. Ao contrário do que parece na Comunicação Social, não debateu ou votou a reposição da atribuição de subvenções vitalícias a titulares de cargos públicos.

2. O PS e o PSD propõem, isso sim, o fim da suspensão das subvenções aos ex-titulares de cargos públicos que já as recebiam actualmente. Ou seja, esta proposta de PS e PSD apenas repõe a subvenção para as pessoas que já tinham direito a elas no passado mas não retoma a política de atribuição a titulares de cargos públicos actualmente no activo.

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