Não há guru da gestão, comentador de assuntos económicos ou especialista em generalidades que não apresente ciclicamente o argumento da produtividade na hora de discutir aumentos salariais no país com mais baixos rendimentos da europa ocidental. Aumentos sim, mas apenas em tese, género de difusa intenção agendada para o dia do tal santo – o de “São Nunca à tarde” – que não chega.
O amor nos tempos de ébola
Esta semana, Margaret Chan, a Directora-geral da Organização Mundial de Saúde, explicou a inexistência de uma vacina contra o ébola: «uma indústria farmacêutica baseada no lucro não investe em produtos que o mercado não possa pagar».
Um fato à medida dos mais ricos
Ideologia impagável.
É habitual que nos filmes venham personagens do futuro para salvar a humanidade ou uma comunidade específica. Em Portugal, como noutros países chamados periféricos, vieram ideias do passado para destruir o presente e nos lixar o futuro.
Devolução mas é o ca*?!%&
Desde ontem que se diz que «este não é um orçamento eleitoralista» e ainda assim permitem-se as maiores mentiras sobre o dito.
Em primeiro lugar: o Orçamento é «do» Estado e não «de» Estado – senhores jornalistas e comentadores de serviço, esta é de borla.
Depois afirmam que o governo vai devolver os cortes. Mas devolver exactamente o quê? Ora: Eu tenho cem euros. Roubam-me vinte. Devolver seria restituir-me os vinte para que eu ficasse com os meus cem, certo?
O futebol não explica o mundo mas… lembra muita coisa.
Correram mundo as imagens dos diversos incidentes ocorridos ontem no jogo de futebol entre a Sérvia e a Albânia. Ganhando destaque a imagem do jogador Sérvio que agarra uma bandeira da “Grande Albânia” transportada por um drone que sobrevoava o relvado.
Se algum mérito se pode encontrar naquela provocação, é que ela lembrou a tensão que se mantém na região. Certamente o futebol não explica o mundo, mas por vezes pode expressar histórias, realidades e sentimentos que se procuram ocultar.
“Entregar, entregar e entregar”
Moedas disse no parlamento europeu (PE) “delivery, delivery and delivery”, enquanto era questionado pelos deputados europeus a propósito da sua indigitação para comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, numa alusão a ser orientado para os resultados (que tem sido uma forma muito utilizada para substituir o já batido – os fins justificam os meios!).
Os bastões de António Costa
Há uns anos atrás, quando inauguraram a sempre caótica rotunda do Marquês de Pombal, um curioso que por ali passava atreveu-se a fazer uma pergunta que não havia ocorrido a qualquer um dos responsáveis técnicos e políticos da obra. Onde estavam os sumidouros para escoar a água? Entre o gaguejo demagógico do típico discurso fingido, os autarcas apressaram-se a garantir que estava tudo pensado. É este o nível de profissionalismo de quem está a governar uma cidade para os interesses privados. Mas antes de se especializar em afogar Lisboa e responsabilizar o Instituto Português do Mar e da Atmosfera pela falta de previsão, António Costa já existia.