Agradecimento dos Multimilionários

No dia em que ficámos a saber que Américo Amorim voltou à liderança da tabela de multimilionários, dobrando o valor da sua fortuna em apenas um ano, o Manifesto74 divulga o agradecimento promovido pela Associação Nacional de Multimilionários nas ruas e no Metro de Lisboa. O seu Presidente misturou-se com a população “piegueira” e anunciou-lhes que a sua pieguice não tem sentido e que os seus sacrifícios têm um destino certo e justo: o bolso dos associados da ANM. Américo Amorim e os outros, continuarão a agradecer. Ler mais

Lénine referindo-se à actualidade portuguesa

O aprofundamento das desigualdades, a criação de monopólios e como há sempre vozes do sistema que procuram mascará-lo:

“(…) o monopólio do Estado na sociedade capitalista não é mais do que uma maneira de aumentar e assegurar os rendimentos dos milionários que correm o risco de falir num ou noutro ramo da indústria.” Ler mais

“Voltarei e serei milhões”

“- (…) Aqui estava eu e ali estava ele, e de vez em quando eu dizia-lhe: A tua desgraça é a minha fortuna, e ainda que a tua maneira de morrer não seja das mais confortáveis, a maneira como ganho a vida também nada tem de confortável. E ganharei ainda menos se continuares a usar essa linguagem”. Isto não pareceu comovê-lo muito, mas ao cair da noite no segundo dia, ele calou-se para não abrir mais a boca. Sabem qual foi a última coisa que disse? Ler mais

Os privilégios especiais dos comunistas

Se inimigo do meu inimigo meu amigo fosse, já Henrique Raposo, Helena Matos, Raquel Varela e Renato Teixeira teriam parido um novo blog ou revista. Não é provocação: pode ser que os separem densos renques de fumo ideológico e gigabytes de sangrentos diatribes por essa rede fora, mas a verdade é que as suas agendas coincidem num ponto capital: o combate sem tréguas aos privilégios políticos, morais e históricos dos comunistas. Ler mais

Das contradições de um Tribunal Constitucional, mas pouco

O ataque cerrado ao TC por parte das forças da extrema-direita parlamentar e das forças económicas que ocupam o nosso país são, curiosamente, desprovidas até de qualquer sentido prático.

Na verdade, e como ouvi o Professor Reis Novais afirmar (alto e bom som) no Prós e Prós: então e a decisão que «decidiu» (olha o pleonasmo, Lúcia!) declarar inconstitucionais os cortes dos subsídios de férias e de natal mas permitiram a sua vigência e produção de efeitos apenas só no ano seguinte (o que até acabou por não acontecer, foram roubados por outra via, que o gangue ministerial não dorme)? Então e as decisões reiteradas que admitem a irredutibilidade dos salários? Então e as decisões que permitem os sucessivos cortes nas pensões e a contribuição extraordinária de solidariedade? E as decisões que permitem a prevalência de normas sobre a contratação colectiva? Ler mais

Novembro, um passo em frente

Algumas notas sobre Novembro.

A 25 de Novembro de 1975, após diversas tentativas de golpes contra revolucionários, a ofensiva contra Abril assumia um novo patamar. Os “velhos” agentes do regime fascista e do capital monopolista, disfarçados agora em novos defensores das liberdades, desferiam e concretizavam profundos golpes na jovem revolução. O sonho transformado em realidade por gerações de homens e mulheres, parecia desmoronar-se aos bocados. Ler mais

Um dia na Luta que é contínua

Ontem já sabia que o dia seria longo e que as costas se iam queixar. E a perna esquerda, que me dói desde os piquetes da última Greve Geral, não sei se por causa do muito tempo em pé, ou do muito tempo sentado, mas é uma dor da Luta, custa menos a suportar. Acordei atrasado, tomei o pequeno almoço atrasado, cheguei ao Camões atrasado e não encontrei ninguém. Será que me tinha enganado nas horas? Será que todos os outros estavam mais atrasados que eu? Ao longe ouço um clamor quase imperceptível mas que me dizia que tinha de dar corda aos pedais, a manifestação em direcção à Assembleia da República já tinha partido. Quando cheguei à sua cauda o horizonte apresentava um mar de cores, maior do que eu esperava, a exigir a demissão do governo e a reprovação do Orçamento do Estado. Nesse momento percebi que para além de longo, o 26 de Novembro de 2013 ia cravar de pesadelos o sono dos soldados da austeridade. Ler mais