Não há em Viana quem não tenha um familiar ou amigo que trabalhe ou tenha trabalhado nos ENVC. Alguns de forma directa, outros de forma indirecta. Na verdade, se hoje falamos de 620 trabalhadores, há não muitos anos atrás falávamos de cerca de 2000; se falamos de 620 trabalhadores esquecemos, no imediato, os quase 4000 trabalhadores que, indirectamente, dependem desta empresa. Não é preciso ser um génio para perceber que uma empresa da dimensão dos ENVC depende, e muito, de centenas de pequenas empresas fornecedoras de material, por um lado, e, por outro, permite que umas quantas dezenas de cafés e restaurantes sirvam, todos os dias, a massa operária dos Estaleiros. Passear pela zona ribeirinha da cidade só faz sentido se pudermos ouvir os ruídos dos guindastes, os barulhos das chapas, o soar estridente da sirene que à hora exacta permite aos operários pousar a ferramenta e ir almoçar, só faz sentido se pudermos cruzar o nosso olhar com aquelas centenas de operários envergando fatos azuis, desgastados por horas e horas de trabalho, que enchem as ruas da Ribeira. Viana do Castelo sem os Estaleiros não mais será igual. Ler mais