A União Europeia é inimiga dos trabalhadores

Para os que depositam esperanças na ‘democrática’ União Europeia e para os que vêem nos protestos pelo vínculo da Ucrânia a Bruxelas um símbolo de luta pela liberdade, deixo-vos a imagem de manifestantes ucranianos tentando subir à estátua de Lénine para a destruir. Ler mais

Quanto os correios eram de todos nós

Ontem falava com a minha Mãe sobre a alteração do sistema de saúde para os antigos trabalhadores dos CTT.

A minha Mãe grande parte da sua vida trabalhou ali. Lembro-me muito bem de sair da escola e ir para a estação de Correios de Santa Maria da Feira. O chefe, que já me conhecia, deixava-me andar livremente por ali. Ler mais

Que paz na Colômbia?

Passávamos largas horas a desfiar o tempo para cosermos o ritmo dos dias. De manhã, o céu estendia-se azul pelas montanhas e do verde das folhagens saltavam bandos selvagens de papagaios. Nada fazia crer que todas as tardes, mais ou menos à mesma hora, se desatava a tormenta. Foi entre o matraquear da chuva tropical que um dia me descreveu as vezes que o tentaram assassinar. Enquanto dirigente regional do Partido Comunista Colombiano (PCC), escapara tantas vezes à morte que já não me parecia estranho que se sentasse sempre de frente para a porta. Numa das vezes, os assassinos entraram pela porta e ele saltou pela janela. E quando meses mais tarde, no meio do tráfego, uma mota se aproximou da sua janela, a pistola encravou. Ler mais

Não se enxerga

Carlos Abreu Amorim (CAA), o candidato derrotado recentemente nas Autárquicas, em Gaia, diz que “não se enxerga
e eu concordo, desde que seja uma expressão aplicada ao próprio. Falava hoje CAA na Assembleia da República sobre os incidentes em Cabo Ruivo. A acompanhá-lo teve o inefável Nuno Magalhães. Estamos assim perante duas personalidades que vêem as greves como ataques à democracia e desconhecem a lei que rege a função dos piquetes de greve. Ler mais

Nem um só passo atrás, em defesa da Constituição

Um dos erros mais comuns cometidos por quem, sem conhecer as circunstâncias e as implicações dos combates na região de Estalinegrado, se refere a esta batalha é a afirmação de que se tratou de uma disputa entre dois homens – Hitler e Estaline – apostados em arriscar e sacrificar tudo por uma questão de reputação e orgulho pessoal. Ler mais

NerDialecticals

No contexto dos paradoxos de Zenão, o caminhante nunca chega ao destino e Aquiles nunca ultrapassa a tartaruga, porque os intervalos de tempo, a continuidade do tempo (independentemente do que a explique) e a independência de referenciais são distorcidos ou desrespeitados para suportar a tese. Ler mais

O orgulho operário de uma cidade

Não há em Viana quem não tenha um familiar ou amigo que trabalhe ou tenha trabalhado nos ENVC. Alguns de forma directa, outros de forma indirecta. Na verdade, se hoje falamos de 620 trabalhadores, há não muitos anos atrás falávamos de cerca de 2000; se falamos de 620 trabalhadores esquecemos, no imediato, os quase 4000 trabalhadores que, indirectamente, dependem desta empresa. Não é preciso ser um génio para perceber que uma empresa da dimensão dos ENVC depende, e muito, de centenas de pequenas empresas fornecedoras de material, por um lado, e, por outro, permite que umas quantas dezenas de cafés e restaurantes sirvam, todos os dias, a massa operária dos Estaleiros. Passear pela zona ribeirinha da cidade só faz sentido se pudermos ouvir os ruídos dos guindastes, os barulhos das chapas, o soar estridente da sirene que à hora exacta permite aos operários pousar a ferramenta e ir almoçar, só faz sentido se pudermos cruzar o nosso olhar com aquelas centenas de operários envergando fatos azuis, desgastados por horas e horas de trabalho, que enchem as ruas da Ribeira. Viana do Castelo sem os Estaleiros não mais será igual. Ler mais